Ter um motivo claro para viver pode ser um fator essencial para a saúde do coração, segundo especalistas. Uma análise que revisou dez estudos com mais de 136 mil pessoas descobriu que aqueles que possuem um propósito bem definido têm 17% menos risco de morrer por doenças cardiovasculares.

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A pesquisa, que analisou diversos trabalhos científicos sobre o tema, reforça a importância do bem-estar emocional na longevidade. Um estudo específico, conduzido pela Universidade de Princeton e pelo University College London, acompanhou 9 mil pessoas com idade média de 60 anos ao longo de oito anos e chegou a uma conclusão impressionante: indivíduos que se sentiam úteis e motivados tinham 30% menos chances de morrer em comparação com aqueles que se viam como “dispensáveis”.

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Além disso, apenas 9% dos participantes mais felizes faleceram no período analisado, enquanto nos demais grupos a taxa de mortalidade chegou a 30%. Isso sugere que um propósito de vida não impacta apenas a saúde mental, mas pode ter efeitos diretos sobre a saúde física.

O propósito na saúde física e mental

*Fotos: Banco de imagens

O estudo não se limitou ao aspecto emocional: os pesquisadores também monitoraram a saúde metabólica, imunológica e cerebral dos participantes. Os resultados mostraram que aqueles com um propósito de vida apresentavam:

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  • Melhores índices metabólicos, ajudando na prevenção de doenças como diabetes e obesidade;
  • Sistema imunológico mais forte, tornando o corpo mais resistente a infecções;
  • Desempenho cerebral superior, reduzindo os riscos de declínio cognitivo;
  • Menor incidência de osteoporose, mesmo sem uma dieta ou rotina de exercícios impecável.

Uma das explicações para esses benefícios pode estar nos níveis mais baixos de cortisol, o hormônio do estresse. Quando está elevado, o cortisol favorece inflamações crônicas no corpo, um fator de risco para doenças cardiovasculares.

Ter um propósito não é suficiente: a importância da consistência

Apesar da clara relação entre propósito e saúde, apenas saber onde se quer chegar não é suficiente. O processo para alcançar os objetivos também faz toda a diferença.

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Estudos mostram que apenas 8% das pessoas que iniciam uma dieta conseguem manter o peso por um ano e que 64% das pessoas que começam a praticar atividade física abandonam em três meses. Isso acontece porque, além do propósito (“quero ser mais saudável”), é preciso cultivar a consistência e a identidade para sustentar a mudança.

A chave está em redefinir a própria mentalidade. Em vez de apenas querer fazer exercícios, por exemplo, é essencial se enxergar como uma pessoa ativa e saudável. O mesmo vale para outras áreas da vida: alguém que quer se tornar mais organizado precisa começar a se ver como uma pessoa organizada, e não apenas executar tarefas isoladas.

Propósito, ação e mentalidade: o caminho para uma vida mais saudável

Ter um propósito de vida alinhado com ações consistentes e uma mentalidade positiva pode ser um dos segredos para uma vida mais longa e saudável. A conexão entre saúde física, mental e emocional é inegável – e o grande propósito, no final das contas, é viver com mais felicidade e bem-estar.

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