O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido nesta terça-feira (8) em uma operação da Polícia Federal. A ordem foi cumprida no gabinete do parlamentar na Câmara dos Deputados e em endereços ligados a ele em Brasília e no Ceará. Além dele, outras cinco pessoas também são investigadas. A investigação apura suspeitas de fraudes e desvios de recursos públicos por meio de fraudes em licitações e contratos no estado cearense. As informações são do portal g1.
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Antônio Luiz Rodrigues Mano Júnior tem 40 anos, é empresário e administrador. O deputado nasceu em Nova Russas, no interior do Ceará, e iniciou na política na eleição de 2016, quando foi eleito vice-prefeito de Nova Russas. Em 2018, elegeu-se deputado federal. Foi reeleito para a mesma função na disputa de 2022, quando foi o segundo mais votado do Estado, atrás apenas de André Fernandes (PL).
Veja fotos do deputado Júnior Mano
No ano passado, Júnior Mano foi expulso do PL, o partido de Jair Bolsonaro. O motivo foi ele ter participado da campanha de Evandro Leitão (PT) para a prefeitura de Fortaleza – candidato apoiado pelo PT de Lula e adversário direto de André Fernandes, o nome bolsonarista que disputava a prefeitura da capital cearense, e que acabou derrotado na urna.
Júnior Mano teria ajudado a organizar o evento de Evandro Leitão e reunido mais de 40 prefeitos para pedir votos ao concorrente petista. Três meses após a eleição e a expulsão do PL, Júnior Mano anunciou a filiação no PSB, partido do prefeito de Recife (PE) João Campos, do senador cearense Cid Gomes e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
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A esposa de Júnior Mano, Giordanna Silva Braga Mano, é prefeita da cidade de Nova Russas. Ela enfrenta atualmente processo de cassação de diploma e inelegibilidade na Justiça Eleitoral – o caso ainda está em fase de recursos.
A investigação
O esquema apurado pela Polícia Federal investiga um suposto esquema de desvio de recursos que operaria a partir de fraudes em licitações e contratos. Segundo a PF, o grupo investigado organizaria o envio de verbas públicas a municípios do Ceará e, em troca, parte dos valores era direcionada para pagamentos ilegais.
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