O rapper Sean “Diddy” Combs foi condenado a 4 anos e dois meses de prisão em um tribunal de Nova York, nesta sexta-feira (3) pelos crimes de tráfico sexual e transporte para prostituição. Além disso, deverá pagar uma multa de 500 mil dólares. Em julho, o artista foi condenado por duas das cinco acusações que enfrentava, mas a pena só foi anunciada nesta tarde. As informações são do g1.
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Diddy foi culpado do crime de transporte para fins de prostituição, mas declarado inocente das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão. O rapper foi preso em setembro de 2024 e teve pedidos de liberdade sob fiança negados desde então.
A audiência desta sexta-feira teve como objetivo discutir quantos anos o rapper cumprirá. Dezenas de pessoas se reuniram em frente ao tribunal para aguardar o resultado. Entre eles, Janice Combs, mãe de Diddy, e Marc Agnifilo, advogado do rapper, além de várias outras pessoas.
Diddy era acusado de cinco crimes. No entanto, ele foi considerado culpado em apenas dois deles. Confira:
- Conspiração para extorsão: Inocente
- Tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção (caso Cassie Ventura): Inocente
- Transporte com fins de prostituição (caso Cassie Ventura): Culpado
- Tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção (caso Jane): Inocente
- Transporte com fins de prostituição (caso Jane): Culpado
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Veja fotos de Diddy
O que dizem os promotores
A promotoria defendia que o rapper fosse condenado a pelo menos 11 anos e três meses de prisão. Embora Diddy não possa ser punido por crimes dos quais foi considerado inocente, o tribunal deveria “levar em conta a maneira como ele cometeu” os crimes de prostituição, segundo a promotoria.
O que dizem os advogados de Diddy
Já os advogados do rapper solicitaram uma sentença mais leve, de apenas 14 meses de prisão. Eles argumentaram que a condenação pelo transporte para fins de prostituição é inadequada, visto que Diddy não obteve lucro pessoal com os atos.
Caso P. Diddy
O caso começou quando a cantora Cassie, ex-namorada de Diddy, acusou o rapper de submetê-la a coerção física, droga e estupro nos chamados “freak offs” — maratonas sexuais promovidas pelo artista. Ela afirmou que os atos, movidos a drogas e entorpecentes, tinham dias de duração.
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A cantora abriu um processo, mas logo voltou atrás e selou um acordo com Diddy. No entanto, o processo motivou outras pessoas a apresentarem denúncias contra o rapper. Desde então, Diddy se tornou alvo de várias ações civis que o caracterizam como “predador sexual violento”.
Ao longo das investigações, um vídeo do rapper agredindo a ex-namorada veio a público. Nas imagens, Diddy arrasta Cassie pelos cabelos enquanto ela tenta fugir. Quatro meses após o vazamento do vídeo, o rapper foi preso em Nova York sob suspeita de associação ilícita, tráfico sexual e transporte para prostituição.
O caso começou a ser julgado em maio deste ano e a condenação veio em julho.
*Sob supervisão de Luana Amorim
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