A rentabilidade da poupança, uma das escolhas mais tradicionais entre os brasileiros, tem feito com que muitas pessoas busquem alternativas para a chamada reserva de emergência. Muitos especialistas dizem que a poupança nem pode ser considerada investimento, visto que vive perdendo para a inflação. Pelas regras atuais, a poupança rende 70% da taxa Selic – que é referência para os juros da economia brasileira – mais a taxa referencial, que hoje está zerada. Com a inflação em alta.
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Com a situação econômica do país e a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima de 10% ao ano, o brasileiro perde o poder de compra ao deixar o dinheiro parado onde ele rende abaixo da alta nos preços. Por isso, é preciso prestar mais atenção nos investimentos e buscar melhores alternativas com riscos similares, mas com ganhos mais elevados.
O que leva os brasileiros à poupança
Segundo o economista André Schneider, especialista em investimentos na Warren, a Reserva de Emergência é uma parcela muito importante dos investimentos. Não é ela que será responsável por buscar rentabilidade, mas será responsável por proporcionar liquidez no caso de algum problema, ou até mesmo para oportunidades que possam surgir. O ideal, no entanto, é que se tenha outra reserva específica para oportunidades.
De acordo com o economista, a reserva de emergência deve ter duas características base: Alta liquidez, que é a capacidade e rapidez de ser convertida em dinheiro disponível, e baixo risco, pois não podemos correr o perigo de resgatar menos do que tínhamos em algum momento ruim do mercado. Por isso, quando se fala nesse tipo de investimento muita gente ainda associa a Poupança como alternativa para esse tipo de alocação, pois a poupança é tida como um produto de baixo risco e alta liquidez, o que de fato é.
— O fato é que não é o único produto com essas características, mas é o pior produto com essas características. Os bancos precisam de recursos para girar, e a poupança é a forma mais barata de arrecadar recursos para que o banco trabalhe e busque seus lucros. Ou seja, é a forma que menos remunera o investidor brasileiro. E o brasileiro ainda investe massivamente na poupança por falta de conhecer melhor o mercado financeiro, e até indicações com conflitos de interesses — acredita o especialista.
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Alternativas mais rentáveis
Tendo em vista as características de um investimento próprio para a reserva de emergência, o investidor pode escolher entre algumas opções de diferentes tipos de emissores.
O economista detalha que investir em renda fixa basicamente é emprestar dinheiro à uma instituição, e via títulos de renda fixa podemos emprestar dinheiro para o Governo, Bancos e Empresas.
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— No Governo investimos via Tesouro Direto, com títulos que podem ser prefixados, indexados à inflação ou à taxa Selic. Esses títulos detêm ainda vencimentos diferentes, sendo apenas o Tesouro SELIC recomendado para Reserva de Emergência devido sua liquidez, e baixo risco de volatilidade. Em bancos, temos diversos títulos que podem ser interessantes, como CDBs, LCIs e LCAs com riscos idênticos aos da Poupança, além de fundos de investimentos que acessam instrumentos de renda fixa de maneira diversificada — explica Schneider.
Ao investir em empresas, o acesso ocorre via Debêntures, CRI e CRA, principalmente. Essa modalidade de investimento é conhecida como Crédito Privado e costuma ter taxas maiores, mas um risco um pouco mais elevado, sendo mais indicada acessar via fundos de investimentos, devido à pulverização de riscos, afirma o especialista.
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— Quando se busca uma Reserva de Emergência, é importante o investidor se atentar ao prazo de carência do investimento, e se um eventual resgate terá algum risco de mercado ou não. Geralmente os melhores produtos para liquidez são os títulos de renda fixa pós-fixados (atrelados à CDI ou SELIC), pois estes não têm variação de preços dependendo dos juros ou inflação — reforça Schneider.
No que ficar de olho
Antes de escolher o ativo, o investidor deve ficar atento a todas as taxas envolvidas, incluindo imposto de renda. E, além da rentabilidade, é preciso avaliar o prazo de vencimento. Isso vale para todos os investimentos, mas ainda mais para a reserva de emergência, pois uma eventualidade não tem hora para acontecer e pode deixar a carteira no prejuízo.
No Tesouro, por exemplo, se a pessoa resgata antes do prazo, pode sair perdendo, com o título desvalorizado. No caso de CDBs, ainda é necessário verificar qual a credibilidade e situação financeira da empresa ou instituição emissora.
Parece complexo ter que escolher um produto (ou vários deles) para investir em uma reserva de emergência. Mas esse é o trabalho que a Warren faz e entrega pronto para você. Quer começar? Clique aqui e descubra quanto você precisa para montar a sua reserva.
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