Após a ressaca marítima “engolir” o novo calçadão da Praia da Enseada em São Francisco do Sul na terça-feira (7), no Litoral Norte de Santa Catarina, o mar voltou a avançar no mesmo ponto da orla pela segunda vez. Na manhã desta quarta-feira (8), o local apresenta prejuízos ainda maiores, com nova destruição da estrutura da calçada e queda de árvore.
Continua depois da publicidade
Imagens feitas por quem passou pelo local mostram o buraco que se expandiu devido ao novo episódio de ressaca no mesmo ponto que já tinha sido castigado na terça-feira (7). A força do mar ainda derrubou uma árvore na areia da praia e espalhou pedras e tijolos pela orla.
Veja fotos do novo rastro de destruição na Enseada
Segundo a prefeitura de São Francisco do Sul, a situação segue sendo monitorada e os estragos passam por contabilização, para que seja possível realizar a recuperação.
Prefeitura já emitiu decreto de emergência
Ainda em junho deste ano, São Francisco do Sul decretou situação de emergência devido à erosão costeira provocada pelo avanço do mar. Outras três cidades do Litoral Norte catarinense também emitiram o decreto.
Veja estragos de terça-feira (8)
Na publicação do decreto, a prefeitura de São Francisco do Sul citou processos de erosão costeira após receber relatórios da Defesa Civil. Em Balneário Barra do Sul, a medida foi tomada pela segunda vez no ano (a primeira foi por causa do assoreamento do canal de navegação da boca da barra, no acesso ao mar de embarcações pesqueiras). A ressaca do final de julho, além dos impactos recorrentes da erosão, foi a motivação do decreto.
Continua depois da publicidade
Itapoá também tomou a decisão após ressaca. Laudo da Defesa Civil apontou danos em passarelas e decks, com impactos na sustentação. Houve impactos também em contenções, calçadas e ruas, além de residências. Os locais mais atingidos foram fora do perímetro a ser contemplado com o maior alargamento de praias do País, perto de ser iniciado.
No último dos decretos de cidades do litoral Norte, em Barra Velha, a erosão é citada como fenômeno recorrente. A publicação trouxe relato de cobranças sobre o tema, como abaixo-assinado, ação judicial e procedimento do MPF de acompanhamento de medidas de contenção. O decreto tem referência às ressacas nas praias da Península, das Pedras Brancas e Negras e do Grant.
*Sob supervisão de Leandro Ferreira
Leia também
Cidades do Norte de SC entram em observação por risco de alagamento nos próximos dias
Quando devem voltar obras em duplicação de lote de acesso a porto e praias em SC