A 11ª Maratona Cultural de Florianópolis levará os moradores da Ilha da Magia e os turistas para uma imersão em artes visuais contemporâneas. Ao longo dos três dias de evento, que ocorre entre 21 e 23 de março, serão 37 exposições, além de instalações e intervenções urbanas em diversos espaços da cidade.
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A programação, sob curadoria de Francine Goudel, destaca a Maratona Visual com a exposição Ficção Veraz, que reúne obras de Camila Almeida, Eco Zazu, Emiliana Pagalday, Camila Argenta, Gabriel Scapinelli e Joana Amarante. A mostra será realizada no MIRAMAR, na Praça Fernando Machado, Centro de Florianópolis, trazendo uma seleção de trabalhos que exploram, por meio da imagem, a interseção entre real e imaginário.
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A Galeria Municipal de Arte Pedro Paulo Vecchietti, na Praça XV de Novembro, no Centro, apresenta duas propostas. A exposição Ouro Urbano, com curadoria de Lívia de Pelegrin, que reúne os artistas Bea Moreira, Trindadead, Maurício Garcias, Sil Lucas e Tauan Gon, e traz uma reflexão sobre a estética e os símbolos da cidade, criado por artistas negros da nova geração. No mesmo espaço, a instalação De Lá, Pra Cá – Sentires Imigrantes, com curadoria de Júlia Otero, apresenta o trabalho do coletivo composto por Beatriz Afonso Santos, Adel Alloush, Enair Candida Cardoso da Costa e Nur El Boukhari, que aborda as vivências e perspectivas de imigrantes no Brasil.
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— A visitação durante a Maratona Cultural ultrapassa o quantitativo de algumas exposições mensais e atrai um público diferenciado, com muitas pessoas que não têm o hábito de frequentar museus e exposições. É uma oportunidade de acessar tudo em um só circuito, de forma acessível e próxima. No último ano, durante o evento, recebemos mais de 800 pessoas apenas na Galeria Pedro Paulo Vecchietti — comenta Sandra Nunes, coordenadora da Galeria.
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Outro destaque do recorte dedicado às artes visuais da Maratona é a estreia da exposição do artista visual Nestor Jr, que apresenta CAS(C)A CORPO no Museu Victor Meirelles, no Centro. Com curadoria de Francine Goudel, a exposição será inaugurada no dia 21 de março, das 18h30min às 20h, e propõe reflexões sobre o corpo e os múltiplos sentidos de pertencimento e transformação.
— Este é um trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2020, com desenhos, aquarelas, alguns objetos e instalações, e ainda mais três trabalhos inéditos, especialmente produzidos para essa exposição. Estou muito feliz, pois faz bastante tempo que eu não faço uma exposição individual aqui em Florianópolis porque é um evento super importante e acaba trazendo um público diferente do que normalmente a gente vê nas exposições. Certamente, dialoga com um público super amplo — destaca Nestor Jr.
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Durante a última edição da Maratona Cultural, o Museu Victor Meirelles recebeu mais de mil visitas apenas nos três dias do evento, um número expressivo considerando que a média mensal de público é de aproximadamente 400 visitantes.
Programação também terá novos espaços
Novos espaços também integram a programação desta edição. A.Galeria, no Passeio Primavera, na SC 401, surge como um ponto de exibição de obras contemporâneas, enquanto espaços como a Fundação Cultural Badesc e o Instituto Collaço Paulo prestam homenagens aos artistas Max Moura e Rodrigo de Haro, reafirmando o compromisso do evento com a memória e o legado das artes visuais na Capital.
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Ao longo dos três dias de programação, artistas locais e convidados apresentam obras que dialogam com temas atuais, promovendo reflexões sobre identidade, território e meio ambiente. No Centro Comercial ARS, a artista Tuane Ferreira fará a pintura de um mural ao vivo, ao longo do evento. Já no Instituto Arco-Iris, o Mural Sambistas Negras da Ilha será pintado pelo artista Bruno Barbi.
O evento traz destaques como instalações interativas que convidam o público a fazer parte da obra, exposições que exploram novas linguagens visuais e murais urbanos assinados por talentos emergentes da cena artística nacional.
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— A escolha da curadoria passou pela vontade de união de pesquisas que trabalham com a ideia da fabulação da realidade, um inventar perspectivas de mundo a partir da vivência desses próprios artistas. Sem dúvida, é uma reunião de propostas que vale muito o passeio, nelas os artistas nos oferecem generosamente as suas subjetividades e a gente pode com isso ter mais visão e compreensão do mundo. Nos outros espaços expositivos da cidade, a Maratona abraça a programação existente dos locais — destaca Francine Goudel, doutora em Artes Visuais e curadora da Maratona Cultural de Florianópolis.
Entre os espaços que recebem as intervenções estão galerias, centros culturais e áreas de grande circulação, criando um percurso artístico que se estende por diferentes regiões da cidade. O objetivo é aproximar a arte do cotidiano das pessoas e estimular novas formas de interação com a paisagem urbana.
Além das exposições, a programação inclui rodas de conversa com artistas e curadores, oficinas e performances ao vivo.
Caminhadas e visitas guiadas aproximam público
Para incentivar ainda mais a interação do público com as exposições, a Maratona Cultural oferece caminhadas e visitas guiadas por diferentes endereços da programação e da cidade. O já conhecido “Guia Manezinho” irá conduzir quatro passeios: Tour das Bruxas e o universo Bruxólico de Franklin Cascaes; Visita Guiada ao Palácio Cruz e Souza – Do Império à Florianópolis: 200 anos de História; Caminhada Cultural: Mulheres que inspiram com um Roteiro que mescla personagens do passado e presente como: Valda Costa, Antonieta de Barros, Anita Garibaldi, Jenny Glow, dentre outras; e Caminhada Cultural entre Praças e Chácaras, com um roteiro que conta a história da área aristocrata da cidade.
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Já no Arquivo Histórico do Município, o público poderá realizar uma visita guiada e conhecer documentos que registram a história da capital catarinense.
A 11ª edição da Maratona Cultural de Florianópolis é uma realização do Instituto Maratona Cultural e do Ministério da Cultura.
*Sob supervisão de Luana Amorim
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