Funcionários da Coteminas, grande empresa têxtil de Blumenau, fizeram uma manifestação em frente à companhia na manhã desta quarta-feira (15). Eles cobram o pagamento do salário referente ao mês de janeiro, que deveria ter entrado na conta no quinto dia útil de fevereiro. Os trabalhadores, porém, alegam que isso não ocorreu.
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A mobilização foi convocada pelo Sintrafite, sindicato que representa a categoria e ingressou com uma ação judicial para exigir a regularização dos débitos. A empresa tem cerca de 1,2 mil funcionários e nenhum deles teria recebido a remuneração deste mês.
Trabalhadores contaram ao Santa que no dia em que deveria ter sido feito o pagamento, a empresa teria se comprometido a efetuar o depósito no sábado (11). Entretanto, como o prazo não foi cumprido, a expectativa era que os débitos fossem quitados nessa quarta.
Isso porque, na sexta-feira (10), o juiz Jayme Ferrolho Junior, da Vara do Trabalho de Blumenau, deu 48 horas para a empresa se manifestar. Às 8h, funcionários em frente à Coteminas diziam seguir sem salário.
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Uma trabalhadora que preferiu não se identificar contou que ela e o filho são funcionários da empresa e sustentam juntos a casa, onde mora ainda uma criança de cinco anos. Com ambos sem pagamento neste mês, o aluguel atrasou e a preocupação da família é com dinheiro para comprar comida.
A mulher conta que antes do atraso do salário, a empresa tinha anunciado que ela entraria no sistema layoff — quando os funcionários são dispensados das atividades na empresa, mas seguem recebendo o pagamento. A medida ocorre, por exemplo, quando há falta de serviço.
O anúncio não teria se confirmado por causa do atraso no pagamento do mês.
Conforme relatos de outros funcionários, desde o ano passado a Coteminas tem mantido alguns funcionários em casa, mas os pagamentos estavam ocorrendo normalmente. Esta seria a primeira vez que houve atraso e a empresa não informou oficialmente quando vai regularizar a situação.
A reportagem tentou contato com a direção da Coteminas por quatro vezes nesta manhã, mas não sem sucesso. Por telefone, a empresa informou apenas que “todo mundo está em reunião” desde as 7h30min. O espaço segue aberto para contraponto.
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