Santa Catarina voltou a liderar o ranking de doadores de órgãos em relação ao número de habitantes de cada Estado no país em 2021, segundo levantamento mais recente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
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No segundo ano da pandemia, o Estado somou um índice de 40,5 doadores para transplantes a cada um milhão de habitantes. No ano anterior, em que havia ficado em segundo na lista, atrás do Paraná, o número ficou em 39,5.
Em números absolutos, Santa Catarina aparece na quarta posição nacional, com 294 doadores, ainda de acordo com o estudo publicado no último dia 9 de março.
Apesar da melhora, o Estado ainda tenta retomar o ritmo anterior à pandemia do coronavírus. Em 2019, quando também foi líder do ranking nacional, registrou a marca de 47,2 doadores para cada um milhão de pessoas.
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O impacto da Covid-19 foi identificado não só em Santa Catarina, mas em todo o país. A doença alterou a rotina das equipes de saúde e provocou a contraindicação aos transplantes devido ao risco de transmissão do vírus.
“A principal causa da queda na taxa de efetivação da doação foi o aumento de 60% da taxa de contraindicação à doação, que passou de 15% em 2019 para 24% em 2021”, escreveu a ABTO em sua publicação.
No ano passado, a média nacional foi de 15,1 doadores para cada um milhão de habitantes — em 2019, primeiro ano anterior à pandemia, o índice foi de 18,1.
O bom desempenho de Santa Catarina se deve, em parte, à adaptação do modelo da Espanha, que, no ano passado, foi o segundo entre 45 países compilados pela ABTO com a melhor taxa per capita de doadores, atrás apenas dos Estados Unidos.
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À NSC TV, que noticiou o feito do Estado inicialmente, o coordenador da SC Transplantes, Joel de Andrade, afirmou que o modelo exige a formação de equipes em hospitais para a procura de doadores, com remuneração extra por esse trabalho, e a educação desses profissionais de saúde, que não devem ter dedicação exclusiva à busca por transplantes, mas também atuar na rotina dos locais.
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