Um projeto de lei foi apresentado por senadores dos Estados Unidos, entre democratas e republicanos, nesta quinta-feira (18), para anular as tarifas impostas pelo presidente americano, Donald Trump, ao Brasil. O tarifaço iniciou com a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, no dia 6 agosto deste ano. As informações são do Estadão e do Uol.

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A justificava usada à época foi de que o governo do Brasil representaria uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos, citando uma “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado no início de setembro a 27 anos de prisão pela trama golpista. Produtos como, por exemplo, café e carne bovina foram tarifados em 40%.

No projeto de lei, apresentado nesta quinta-feira (18) por Tim Kaine (Democratas), Rand Paul (Republicanos), Chuck Schumer (Democratas), Jeanne Shaheen (Democratas) e Ron Wyden (Democratas), com apoio de outros parlamentares, os senadores argumentam que a imposição de Trump é um “abuso ilegal” do poder presencial.

O “imposto corrupto”, como foi chamado o tarifaço de Trump em um comunicado publicado pelos parlamentares, estaria pesando sobre as famílias dos Estados Unidos. Para Kaine, o objetivo do projeto de lei é que sejam impedidas “guerras comerciais incompetentes e caóticas que tornam bens do dia a dia mais caros”.

O republicano Paul também afirmou que a Constituição não permite que o presidente “unilateralmente imponha tarifas”. Já Schumer disse que Trump usa uma “falsa declaração de emergência” para justificar a retaliação pelo julgamento de Bolsonaro.

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O comunicado diz, ainda, que os EUA importam mais de 40 bilhões de dólares ao ano do Brasil, como 2 bilhões em café, e que o comércio bilateral sustenta cerca de 130 mil empregos em território americano e gera superávit para eles.

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