Entre as estimativas feitas pela equipe econômica da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) sobre os efeitos da taxação de 50% nas exportações aos Estados Unidos, no estudo divulgado quarta-feira (10), uma consiste no “Ranking do Impacto Potencial do Tarifaço nos Municípios Catarinenses”. Os cinco primeiros municípios da lista são Salete (1º), Capão Alto (2º), Itá (3º), Benedito Novo (4º) e Caçador (5º).
Continua depois da publicidade
O estudo apontou que Salete, município do Alto Vale do Itajaí, com elevada concentração na atividade de madeira, é o município de SC com maior potencial de impacto na economia em função do tarifaço. Mas, segundo a análise da Fiesc, o impacto social pode não ser tão grande porque o município, que tem mais de 7,5 mil habitantes, tem alto nível de desenvolvimento (segundo indicador da Firjan).
Imagens das cinco cidades mais impactadas, ranking e mapa:
Para o segundo e terceiro colocados no ranking, Capão Alto e Itá, o cenário é mais difícil. São municípios com risco de elevado impacto potencial do tarifaço e, ao mesmo tempo, têm baixo nível de desenvolvimento. São municípios com forte atividade agropecuária. Capão Alto tem impacto regional da madeira, e Itá, na produção de gelatina.
Na sequência da lista dos mais impactados estão Bendito Novo e Caçador. São municípios com elevada exposição da economia às exportações aos EUA, mas têm alto índice de desenvolvimento, o que ameniza o cenário social, segundo a Firjan. Benedito Novo se destaca na produção de celulose e granito. Caçador tem setor industrial diversificado, incluindo madeira e móveis, entre os que são afetados pela tarifa de 50%.
Continua depois da publicidade
– O índice da Firjan atua como um multiplicador para os efeitos negativos em municípios menos desenvolvidos e como um atenuador para aqueles com estruturas mais robustas, e é uma variável crítica a ser considerada para o planejamento de políticas públicas e estratégias de recuperação e diversificação regional – explica o economista-chefe da Fiesc, Pablo Bittencourt.
O ranking da Fiesc tem 32 municípios. Depois dos cinco primeiros citados no começo da matéria estão: Ipumirim, Rio dos Cedros, Campo Alegre, Rio Negrinho, Vargeão, São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul, Três Barras, Santa Cecília, Cocal do Sul, Pomerode, Palmeira, Dona Emma Presidente Getúlio, Sangão, Pouso Redondo, São Bento do Sul, Timbó Grande, Passos Maia, Papanduva, Lages, Joinville, Itajaí, Ponte Alta, Braço do Norte, Fraiburgo e São João do Itaperiú.
Segundo o estudo, entre as cidades que mais podem ser impactadas negativamente pelo tarifaço e têm índice de desenvolvimento baixo estão também Três Barras, Passos Maia, Papanduva e Ponte Alta.
– Essa combinação indica uma vulnerabilidade extrema, com pouca capacidade de resiliência e adaptação, tornando o tarifaço uma ameaça substancial à sua estabilidade econômica e social – destaca a nota técnica da Fiesc. Veja a íntegra do estudo.
Continua depois da publicidade
Leia também
Costão Parador no Estaleirinho é o ‘pé na areia’ de resort de luxo em Balneário Camboriú
Italiana Moto Morini anuncia concessionária oficial em Santa Catarina
Sobrinha dos navegadores Vilfredo e Heloisa Schurmann lança novo instituto ambiental em SC
Gisele Bündchen leva filha de Trump para passear em iate “made in Santa Catarina”
Estudo da Fiesc mostra que tarifaço pode reduzir em R$ 1,2 bi o PIB de SC e Serra perde mais
Empresa de SC prevê maior evento de venda online de máquinas do mundo, incluindo IA






