Um sismógrafo que estava desaparecido há quase oito meses foi recuperado por um surfista na Praia da Figueirinha, em Jaguaruna. O equipamento detecta os movimentos do solo e era usado por pesquisadores que estudam o fundo do Oceano Atlântico. Ele foi lançado em alto mar no Rio de Janeiro em 2019 e desde julho do ano passado não foi mais localizado.

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O surfista João Alberto Schmitz Filho encontrou a peça no mar no dia 2 de abril. Ele ficou intrigado com a função da peça e resolveu gravar um vídeo que foi divulgado nas redes sociais. A postagem gerou repercussão e acabou chegando até a equipe responsável.

— De longe eu avistei uma peça brilhando à beira-mar. Achei que pudesse ser uma caixa preta de avião, por ser laranja. Se tratava de uma peça que era desconhecida até o momento — disse João ao G1 SC.

O objeto encontrado pelo surfista se trata de um dos sismógrafos de um projeto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com o Observatório Nacional. Ele foi encontrado “a cerca de 1.145 quilômetros em linha reta” de onde foi deixado.

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A suspeita é que condições extremas no mar possam ter deslocado o equipamento entre a orla dos dois estados. O artefato foi lançado em alto mar a mais de mil metros de profundidade.

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Segundo o oceanógrafo, Ricardo Franco, que foi até Laguna buscar o sismógrafo na casa do surfista, em agosto de 2020 os pesquisadores foram até o local onde o equipamento deveria estar para retirá-lo da água e coletar as informações, mas ele não emergiu na superfície. A hipótese é de que tenha ficado preso na lama ou que o sensor dele não tenha funcionado.

Após publicação nas redes sociais, objeto foi identificado e resgatado pelos responsáveis
Após publicação nas redes sociais, objeto foi identificado e resgatado pelos responsáveis (Foto: João Alberto/Arquivo pessoal )

O coordenador do projeto, Ântonio Klein, disse que o resgate será de grande ajuda para os pesquisadores.

— Recuperar cerca de um ano de dados que foram coletados. São esses dados que vão integrar a rede sismográfica brasileira — afirmou o coordenador.

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Peças como essa são importadas e as novas custam em torno 280 mil dólares. De acordo com o coordenador na pesquisa, foram lançados ao todo seis equipamentos ao mar: Quatro foram recuperados pelas equipes e dois se perderam. Com o resgate da peça achada em Jaguaruna, somente um objeto está desaparecido.

*Com informações do G1 SC

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