Uma tartaruga de 24 anos foi encontrada na Praia da Enseada, em São Francisco do Sul, extremamente ferida. Segundo a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), o animal estava irresponsivo, com batimentos cardíacos irregulares e, devido ao quadro de saúde, foi necessário seguir com o protocolo de eutanásia. Posteriormente, foi descoberto que a tartaruga havia se ferido ao engolir um anzol.
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O animal de 92 centímetros e 70 quilos foi encontrado vivo por funcionários da Transpetro, que acionou o resgate, foi feito pela equipe do PMP da Univille. O caso aconteceu no início do ano, mas foi divulgado na última segunda-feira (27). Apesar da tartaruga ter sido encontrada com vida, ela estava debilitada e foi necessária a eutanásia, informou o grupo.
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O exame de necropsia revelou uma ruptura da alça intestinal o que causou grave infecção bacteriana. Segundo o PMP, o ferimento tinha 1,5 metro de cicatriz linear. Toda a extensão da lesão foi causada por ingestão de apetrecho de pesca composto por fragmento de anzol e fio de nylon. “Quando a morte do animal tem alguma relação com o ser humano, classificamos como interação antrópica”, comentou o PMP nas redes sociais.
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Conforme a equipe da Univille, no Litoral Norte de SC, a tartaruga verde é a espécie mais abundante, sendo a única tartaruga marinha que ocorre no interior da Baía Babitonga. Este fator é considerado um relevante sítio de recrutamento para a espécie.
A grande maioria das verdinhas encontradas por aqui, são indivíduos jovens, com carapaça de 30 a 50 centímetros de comprimento. A espécie da Babitonga é monitorada pelo Projeto Tartarugas da Babitonga (TABMAR) e pelo PMP-BS com a Univille.
O que é PMP
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é um projeto regional concebido e executado para atender demanda dos processos de licenciamento ambiental da Petrobras na Bacia de Santos. A área de abrangência do projeto engloba os municípios litorâneos dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e do Rio de Janeiro.
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Durante o monitoramento, todos os animais vivos encontrados pelas equipes de campo são avaliados para verificar se precisam de atendimento veterinário. Se positivo, são então encaminhados a uma das 14 instalações da Rede de Atendimento Veterinário distribuídas entre Laguna (SC) e Maricá (RJ).
Após o tratamento, os animais são novamente avaliados para atestar se já estão aptos a serem soltos, o que ocorre após a marcação de cada um dos indivíduos. Isso permite que seja feito um acompanhamento, caso o animal reapareça em outra região. Nos animais mortos é realizada necropsia para identificar a causa da morte e avaliar se houve interação com atividades humanas tais como pesca, embarcações e óleo.
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