A Justiça condenou a 14 anos de prisão o suposto terapeuta de Blumenau que usava a profissão para cometer crimes sexuais contra as clientes. Ele terá de cumprir a pena por violação sexual mediante fraude inicialmente em regime fechado. A sentença, proferida nesta semana, ocorreu quatro meses após a prisão do homem.

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À época, cerca de dez depoimentos foram anexados ao inquérito encaminhado ao Ministério Público. O réu, porém, foi absolvido de parte da acusação. A Justiça considerou sete vezes o crime de violação sexual e descartou um estupro que teria ocorrido em setembro do ano passado. O homem terá de pagar as custas processuais e não pode recorrer em liberdade porque “continuam presentes as razões da prisão preventiva”, diz o documento.

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Conforme os relatos colhidos pelo delegado David Sarraf, o homem atraía e selecionava as pacientes para sessões individuais no suposto centro de terapia, no bairro Velha. Ele fazia uso de ayahuasca e outros métodos, como manobras de respiração, que retiravam total ou parcialmente a consciência e a capacidade de discernimento da vítima. Com elas vulneráveis, passava a mão pelas genitais e, em alguns casos, mantinha relação sexual.

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Ele está em Blumenau há cerca de três anos. Antes disso já havia atuado em outras cidades, como Balneário Camboriú, Foz do Iguaçu e Florianópolis. Outros relatos surgiram após o envio do inquérito e devem gerar novos processos contra o condenado. 

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