O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou trabalhar para que o grupo de senadores brasileiros que viajou aos Estados Unidos para tentar reverter ou adiar o tarifaço “não encontre diálogo” com autoridades norte-americanas.
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O parlamentar argumentou que entre as condições de Donald Trump para evitar o tarifaço estariam questões envolvendo os processos contra Jair Bolsonaro, e não somente relações econômicas entre o país. Em razão disso, afirmou que os parlamentares brasileiros não encontrariam diálogo.
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— Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo, porque eu sei que vindo deste tipo de pessoa só haverá acordos daquele tipo meio termo, que não é nem certo nem errado. Eu sei o que é certo — afirmou, voltando a defender anistia para investigados nos processos de tentativa de golpe e nos atos de 8 de janeiro. As falas foram dadas em entrevista ao SBT News.
O parlamentar também disse, em uma publicação na rede social X, considerar a viagem da comitiva de senadores aos EUA como “fadada ao fracasso”, justamente por não incluir a anistia entre os pontos de negociação.
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Eduardo Bolsonaro está desde fevereiro nos Estados Unidos, onde afirma articular com autoridades norte-americanas sanções do país contra o Brasil em defesa do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e de investigados nos processos sobre tentativa de golpe e os atos de 8 de janeiro. No último dia 20, a licença de 120 dias obtida por ele da Câmara dos Deputados chegou ao fim. A partir de agosto, quando recomeçam as sessões, o deputado deve começar a ter faltas não justificadas registradas pela Casa. Caso falte mais de um terço das sessões ao ano.
Quanto à comissão de senadores, que inclui o catarinense Esperidião Amin (PP), o grupo se reúne nesta terça-feira com parlamentares democratas e republicanos no Capitólio, sede do Congresso norte-americano. A expectativa dos parlamentares é tentar reverter ou pelo menos adiar o início do tarifaço, anunciado para esta sexta-feira (1º). A agenda vai até a quarta-feira (30).
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