A vacina Abrysvo, destinada ao combate do vírus sincicial respiratório (VSR), causador de infecções no sistema respiratório, como a bronquiolite, já está disponível. Mas por enquanto, apenas na rede privada de saúde. Em serviços particulares oferecidos em Santa Catarina, a dose do imunizante custa até R$ 2 mil.
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O imunizante foi registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril deste ano, mas a Pfizer, que produz a vacina, só começou a distribuir o produto no país no último dia 18.
A orientação da Anvisa é a aplicação da vacina em gestantes durante o segundo ou terceiro trimestre da gestação, em uma única dose. A vacina Abrysvo é bivalente, pois é composta por dois antígenos da proteína de superfície F do VSR.
A agência também já tinha autorizado o registro da vacina Arexvy (GlaxoSmith Kline), também destinada à prevenção de doenças causadas pelo VSR, porém restrita à população com mais de 60 anos.
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Na rede Panvel, por exemplo, a vacina pode ser encontrada nas unidades com o serviço Clinic. Em Florianópolis, são 28 unidades, e o imunizante sai por R$ 1.499,99. Já na Primme Vacinas, também na Capital, a dose pode chegar a R$ 1.999, se o pagamento for feito no cartão. Via PIX, o imunizante fica R$ 1.899.
Como a vacina funciona
A bronquiolite é uma inflamação dos brônquios que atinge crianças e bebês. No Sul do país, o vírus tem mais circulação entre abril e agosto. A vacina Abrysvo é indicado para prevenção da doença do trato respiratório inferior e da doença grave do trato respiratório inferior em crianças desde o nascimento até os seis meses, por imunização ativa em gestantes.
Isso quer dizer que, para a proteção das crianças, a vacina deve ser aplicada nas mães, durante a gravidez. A vacina não é aplicada diretamente nos bebês.
A proteção da vacina é de 82% em bebês com até três meses de vida contra infecções graves. Ela cai para 69% entre três e seis meses, mas o nível ainda é considerado bom para impedir a infecção com necessidade de hospitalização.
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Segundo o laboratório, o Ministério da Saúde ainda avalia a inclusão da vacina contra VSR no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Neste caso, ela poderia ser disponibilizada gratuitamente via SUS.
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