Ludimara Helena Américo, de 40 anos, foi encontrada morta às margens da BR-101, em Joinville, no sábado (21). A vítima tinha registros como vítima de violência doméstica, além de histórico de desaparecimento e reaparecimento nos anos de 2012 e 2023.
Continua depois da publicidade
Sua filha, Yngrid Américo, conta que a mãe era uma pessoa tranquila, que chegou a andar por outros estados e enfrentava problemas. A jovem de apenas 18 anos ainda afirma que não sabe por quanto tempo Ludimara ficou em Joinville antes de ser morta. A mulher era natural de Tubarão, no Sul de Santa Catarina, mas de acordo com a Polícia Civil estava em situação de rua atualmente.
— A última pessoa no mundo que merecia uma coisa dessa era a minha mãe — afirma Yngrid Américo.
Vício e problemas psicológicos
Yngrid conta que sua mãe enfrentava problemas psicológicos.
— A família tentou ajudar ela [Ludimara] várias vezes, ela já teve internada pelo Caps, mas não adiantou muito, ela saiu da internação e não queria mais a ajuda da família. A família ofereceu moradia pra ela, mas ela não aceitava — conta Yngrid.
Continua depois da publicidade
Yngrid conta ainda que Ludimara já chegou a morar em Minas Gerais, onde precisou passar por um tratamento de saúde intensivo em um hospital público devido a um abscesso no rosto. Ela retornou ao estado catarinense após a internação e visitou a família antes de desaparecer novamente.
Morta às margens da BR-101
Ludimara foi encontrada morta durante a manhã de sábado (21) às margens da BR-101 no bairro Glória, em Joinville. Segundo a Polícia Civil, a vítima tinha marcas de golpes de arma branca. Junto com ela, foi encontrado um diário em que ela anotava seu dia a dia.
Em um registro de 17 de junho de 2025, Ludimara teria anotado que havia conhecido um homem, outra pessoa em situação de rua.
Yngrid ainda relatou que a polícia também revelou à família que Ludimara foi encontrada com sinais de violência sexual.
Continua depois da publicidade
O delegado Dirceu Silveira, que está à frente das investigações, afirmou que a Polícia Civil aguarda a conclusão do laudo pericial para definir a causa da morte.
— Ela vai fazer muita falta, com certeza vai fazer muita falta. Ela era uma pessoa super tranquila com a nossa família. Ela fez de tudo para criar os filhos dela, eu e meu irmão mais velho — diz Yngrid.
Leia também
Encontro de corpo de mulher às margens da BR-101 revela feminicídio em Joinville
“Herói”: quem é o alpinista que liderou resgate de corpo de brasileira em vulcão da Indonésia
VÍDEO: Carreta desce de ré em acidente “inusitado” na Serra Dona Francisca em SC





