Os deputados estaduais de Santa Catarina aprovaram por unanimidade a reforma administrativa proposta pelo governador Jorginho Mello (PL), nesta terça-feira (9), mas divergiram sobre um item específico do texto, que também acabou aprovado após ser votado separadamente: o aumento da remuneração a agentes da Casa Militar, o que abre margem para supersalários.

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Um requerimento do deputado Matheus Cadorin (Novo) foi votado como um destaque, após a aprovação da reforma, para que houvesse a retirada do artigo 49 do texto, o que trata dessa indenização turbinada aos militares, mas acabou vencido por 21 votos a nove no Plenário.

Não houve abstenções e parte dos outros 10 deputados estaduais que compõem a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) não esteve no Plenário na ocasião da votação — o presidente da Casa, o deputado Mauro de Nadal (MDB), estava presente, mas votaria apenas em caso de empate.

O que são os supersalários

A reforma administrativa de Jorginho mudou a remuneração aos agentes da Casa Militar do governo, a divisão de policiais que cuida da segurança pessoal do governador e da vice Marilisa Boehm (PL),

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O texto chegou ao Plenário com um impasse sobre essas remunerações. Até então, eram pagos acréscimos equivalentes a 10% do salário aos oficiais e a 7% do salário de um coronel aos praças levados à Casa Militar. Agora, todos esses agentes terão uma remuneração extra de 50% do salário — segundo o governo Jorginho, isso vai afetar 76 policiais.

Esse valor extra é pago, ainda conforme estabelece a reforma de Jorginho recém-aprovada, como uma indenização, o que permite que a remuneração total dos policiais da Casa Militar fique acima até do teto constitucional, de R$ 41,6 mil, e do subsídio mensal pago ao próprio governador.

Deputados contrários à medida afirmaram que ela seria incoerente com outras categorias e com os valores pagos aos policiais atuantes nas ruas, expostos a maiores riscos. Já parlamentares favoráveis argumentaram que a reforma de Jorginho promovia uma redução de gastos que viabilizaria o acréscimo da indenização a esses agentes da Casa Militar.

Veja como cada deputado votou supersalários a militares

  • Altair Silva (PP) – Favorável
  • Ana Campagnolo (PL) – Favorável
  • Camilo Martins (Podemos) – Favorável
  • Delegado Egidio (PTB) – Contrário
  • Dr. Vicente Caropreso (PSDB) – Favorável
  • Emerson Stein (MDB) – Favorável
  • Fabiano da Luz (PT) – Contrário
  • Fernando Krelling (MDB) – Favorável
  • Jessé Lopes (PL) – Favorável
  • José Milton Scheffer (PP) – Favorável
  • Julio Garcia (PSD) – Favorável
  • Luciane Carminatti (PT) – Contrário
  • Antídio Lunelli (MDB) – Favorável
  • Marcos Vieira (PSDB) – Favorável
  • Marquito (PSOL) – Contrário
  • Edilson Massocco (PL) – Favorável
  • Matheus Cadorin (Novo) – Contrário
  • Mário Motta (PSD) – Contrário
  • Napoleão Bernardes (PSD) – Favorável
  • Neodi Saretta (PT) – Contrário
  • Nilso Berlanda (PL) – Favorável
  • Oscar Gutz (PL) – Favorável
  • Pepê Collaço (PP) – Favorável
  • Rodrigo Minotto (PDT) – Contrário
  • Sargento Lima (PL) – Favorável
  • Sérgio Guimarães (União Brasil) – Contrário
  • Sérgio Motta (Republicanos) – Favorável
  • Tiago Zilli (MDB) – Favorável
  • Volnei Weber (MDB) – Favorável

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Não votaram

  • Ivan Naatz (PL)
  • Jair Miotto (União Brasil)
  • Lucas Neves (Podemos)
  • Marcius Machado (PL)
  • Marcos da Rosa (União Brasil)
  • Maurício Eskudlark (PL)
  • Maurício Peixer (PL)
  • Padre Pedro Baldissera (PT)
  • Paulinha (Podemos)

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