Vereadores cobram secretário de Saúde sobre falta de terreno para policlínica em Blumenau

A informação de que Blumenau pode não receber a construção de uma policlínica regional por falta de um terreno repercutiu na Câmara de Vereadores nesta quinta-feira (7). Os parlamentares aprovaram um requerimento para que o secretário Municipal de Saúde explique a dificuldade em encontrar uma área adequada para a obra, que agora corre o risco de ser levada para outra cidade ou nem sair do papel.

A convocação é fruto de um requerimento do vereador Jean Volpato (PT). O parlamentar criou um abaixo-assinado em defesa da construção da Policlínica Regional em Blumenau, que ultrapassou três mil assinaturas em menos de 24 horas. A nova estrutura foi anunciada em junho do ano passado. O governo de SC é quem iria licitar a obra com recursos do governo federal, mas o terreno viria da prefeitura.

Uma troca interna de ofícios mostra que a Secretaria de Estado da Saúde consultou a prefeitura de Blumenau três vezes para discutir o terreno disponível. Dois endereços chegaram a ser cogitados, um inclusive divulgado, mas ambos não comportariam a obra. “As objeções incluem questões ambientais, sanitárias, topografia, legislação em saúde e não existem opções viáveis de imediato”, diz o documento.

Questionada, a prefeitura afirma que “não negou a construção do imóvel, mas indicou dois imóveis, que não atenderam às exigências do governo federal”. O governo do Estado informou que pediu à Caixa Econômica Federal sobre a possibilidade de a construção ser em outra cidade no Médio Vale do Itajaí ou aumentar o prazo para encontrar um terreno em Blumenau.

Além de moradores de Blumenau, a policlínica, orçada em R$ 30 milhões, também deve atender a população de cidades vizinhas. A unidade, segundo o Ministério da Saúde, serve para oferecer consultas médicas especializadas, exames diagnósticos (ressonância magnética, tomografia e eletrocardiograma) e atendimentos em diversas especialidades de saúde (angiologia, cardiologia, oftalmologia e neurologia).

Realização de pequenos procedimentos como vasectomia, cauterização e biópsias em centro cirúrgico de baixa complexidade também estarão previstos na policlínica regional.