A erupção de um vulcão ameaça a pequena comunidade costeira de Grindavík, na Islândia, onde vivem mais de 3 mil pessoas. Na comunidade também está uma central geotérmica que fornece energia a dezenas de milhares de casas. As informações são da IstoÉ.
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O magma do vulcão já se desloca no subsolo e, segundo especialistas, pode entrar em erupção nos próximos dias. Cientistas acompanham a agitação geológica, ajudando autoridades islandesas a se preparar para o que vem a seguir.
— Está muito perto de uma área povoada — afima Evgenia Ilyinskaya, vulcanóloga da Universidade de Leeds, no Reino Unido. — Eu realmente sinto pelas pessoas de lá.
Investigadores acreditam que esta região do país pode entrar em uma nova fase de atividade vulcânica, que pode durar décadas ou até séculos. Nos últimos três anos, esta área da Islândia, a península de Reykjanes, sofreu três pequenas erupções.
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A última vez que esta parte do país esteve vulcanicamente ativa foi entre os anos 800 e 1240 DC, quando a lava fluiu até Reykjavik, a capital da Islândia.
Tremores antecedem erupção
Em 10 de novembro, tremores atingiram a região, e a Islândia declarou estado de emergência e a cidade de Grindavik foi evacuada. Dentre os moradores estava Jéssica Costa, uma brasileira de 31 anos, que vive na cidade há mais de 7 anos.
Jéssica está grávida de sete meses, e durante os primeiros tremores, preparava o chá de fralda de outra amiga que também espera um bebê.
— Os tremores começaram na quarta (8) de madrugada. O risco era que a cidade ficasse sem energia elétrica e água. Então o plano inicial era que teríamos 5 horas para pegar as coisas e deixar as casas. Mas os tremores ficaram muito fortes, e veio a ordem de evacuação imediata — conta Jéssica.
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Segundo a brasileira, os tremores aconteciam com intervalos de menos de 30 segundos. Ela e o marido pegaram roupas às pressas e foram para a capital da Islândia, Reykjavik. O filho do casal, Cauê, de 15 anos, já estava na capital, onde a família ficou alojada em um apartamento cedido pela empresa do marido.
— Nunca foi tão assustador — relatou a brasileira.
Estes abalos, segundo o serviço meteorológico do país, podem preceder a erupção, sinalizando que o magma já poderia ter começado a subir na crosta terrestre.
Na terça-feira (21), a zona de perigo do vulcão foi expandida pelo órgão meteorológico islandês. Os tremores até diminuíram, mas essa mudança pode indicar que a erupção aconteça em breve.
— A diminuição de terremotos foi vista no passado como um sinal de que o magma está se aproximando da superfície terrestre — disse Kristín Jónsdóttir ao The Independent. Especialista ainda apontam que mesmo que o vulcão não entre em erupção, pode demorar meses até que seja seguro para os moradores.
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