Carlos Alberto Decotelli tem pressa. Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Educação, a pasta mais importante da Esplanada, ele nem mesmo esperou a cerimônia de posse e já se reuniu com os técnicos para estabelecer um plano de ação. Afinal, essa estrutura gigante não é novidade para ele, que já foi presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e participou da equipe de transição de Bolsonaro.

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Oficial da reserva da Marinha, Decotelli chega ao comando do MEC com a bênção da ala militar e livre das teorias da conspiração dos olavistas. Um alívio para o setor, que já enfrentou dois ministros destrambelhados. Decotelli é apontado até mesmo por ex-ministros da Educação do PT como um homem de diálogo.

A missão à frente do MEC, no entanto, não é fácil. Há pelo menos três assuntos urgentes a serem resolvidos: a definição de uma data e toda a organização do Enem, a negociação com o Congresso sobre o novo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) e um plano de retomada para o pós-pandemia.

Não tem como ser pior do que Abraham Weintraub, mas tudo indica que Bolsonaro acertou a mão. Consultado pela coluna, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que o novo ministro reúne exatamente o que era necessário:

– É alguém que tem conhecimento técnico aliado a capacidade de gestão.

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Quem dá mais

Enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, segue defendendo novas parcelas de R$ 600 para o auxílio emergencial, Bolsonaro adiantou que a área econômica estuda pagar mais três etapas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300. O ministro Paulo Guedes estava ao lado e não reclamou.

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