Em setembro de 2011, o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) inaugurava o Parque das Nações Cincinato Naspolini, em Criciúma. Uma antiga área minerada e abandonada, em localização privilegiada, tornou-se um espaço de lazer que acabou sendo o ponto de partida para outros três que vieram nos anos posteriores: o dos Imigrantes, no distrito de Rio Maina (entregue em janeiro de 2019), e o Parque Altair Guidi, resultado da revitalização do antigo Parque Centenário e inaugurado em janeiro de 2020. E vem aí o Parque da Santa Luzia, no bairro de mesmo nome e que encontra-se em construção.
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O sucesso dos parques, geralmente lotados nos dias de sol, fez o prefeito abrir os olhos em direção a uma vocação que nunca foi muito típica de Criciúma: o turismo. – E o turismo não se faz de uma hora pra outra, olha Gramado, olha Nova Veneza, quanto tempo levaram. Fizemos o Parque das Nações, que tem a estação e o trem, construímos os demais parques visitados por milhares de pessoas, o Parque dos Imigrantes que tem uma atafona, o Parque da Prefeitura que tem o maior skatepark do Sul do Brasil, temos a Mina de Visitação que terá mais de 1 mil metros, estamos construindo o Parque Astronômico e era necessário um Mirante, será o maior de Santa Catarina, um grande ponto de visitação para todos que vierem – relacionou Salvaro.
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O Mirante Realdo Gugliemi, no Morro Cechinel, terá 30 metros de altura e oferecerá uma visão panorâmica de Criciúma, com meta de inauguração entre junho e julho de 2023. – A parte mais complexa foi vencida, a questão ambiental e a parte de fundação, tivemos que fazer sondagens de 18 metros de profundidade e construir um grande muro de contenção. Daqui para cima serão mais 28 metros, e agora a obra começa a andar em ritmo muito mais acelerado – argumentou o prefeito.
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Antes, em janeiro, em terreno defronte ao futuro Mirante, será entregue o Parque Astronômico, um planetário que permitirá, de ponto privilegiado, a observação das estrelas e a inserção da Astronomia como pauta no currículo da rede municipal de educação. Mas o passo mais ousado será dado depois: a nova Mina de Visitação. A atual, uma mina de carvão desativada, a Octávio Fontana, é acessível pelo Bairro Mina Brasil e permite aos visitantes passear pelo subsolo, observando como era a atividade da mineração no passado. Essa mina, usando caminhos desativados, percorrerá as profundidades de Criciúma até chegar em um ponto próximo ao Mirante que está em construção.
– Tivemos um contratempo nesse projeto – admitiu o prefeito Salvaro. Acontece que detectou-se a necessidade de rever o que estava projetado no ponto onde haverá um elevador, perto do Mirante, para levar o visitante da superfície até a nova Mina de Visitação, que terá cerca de 1 quilômetro de distância entre o acesso e a saída. – Mas faremos a Mina, é questão de ajustar o projeto – garantiu. Esse elevador estará no contexto de mais uma aposta de Criciúma para o futuro: o Parque Natural do Morro Cechinel, que será montado em área verde no entorno do Mirante Realdo Guglielmi. – Estamos comprando esses lotes, que se transformariam em casas, e garantido esse verde. Vamos garantir preservação ambiental, montar trilhas e outras estruturas para contemplação da fauna e da flora, em um grande investimento – apontou Salvaro.
Esse novo parque substituirá um antigo, desativado pela prefeitura: o Parque Natural do Morro do Céu. – Esse parque nasceu de um calote da prefeitura – disparou Salvaro. Acontece que ele foi delimitado em grande área verde entre os bairros São Cristóvão, Comerciário, Michel e Ceará pelo então prefeito Anderlei Antonelli (MDB, à época), em 2006. – Mas não pagaram a indenização aos proprietários, isso gerou um passivo que hoje é superior a R$ 140 milhões. Ficou impagável. Mas aquela área é preservada pela Lei da Mata Atlântica, não perderemos aquele verde. Montaram um parque sem pagar os donos das terras. Nós fizemos um novo parque e estamos pagando por ele. Aqui se faz, aqui se paga – completou.
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