O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCE-SC), apurado pelo Banco Central e considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mostra que a economia de Santa Catarina teve um crescimento acumulado de 7,1% este ano, até abril, frente ao mesmo período do ano passado. O resultado ficou acima da média nacional que cresceu 3,5% e foi inferior apenas ao do Paraná, que teve alta de 7,5%. Mas em abril na comparação com o mês anterior, março, a atividade de SC recuou 1% enquanto a média nacional cresceu 0,2% no período.

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O resultado de SC foi puxado pela indústria, destacou o Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias de SC, que acompanha esse indicador. De janeiro a abril, a indústria de SC teve crescimento acumulado de 6,4% frente ao mesmo período de 2024, o comércio ampliado cresceu 5,9% até abril e os serviços tiveram alta de 4,9%.

– O resultado na análise mensal da atividade econômica mostra sinais de desaceleração recente, refletindo um ambiente de negócios mais desafiador, marcado por juros elevados e restrições no crédito – destaca a economista Camila Morais, do Observatório Fiesc.

Na indústria, com a alta de 6,4% até abril, os setores que tiveram melhores desempenhos frente ao mesmo período do ano anterior foram os de máquinas e equipamentos, com alta de 18,7%; a fabricação de produtos de metal, que cresceu 17,9% e a de veículos e reboques, que subiu 13,4% na mesma comparação. Na comparação com o mês anterior, março, houve crescimento de 0,1%, o que é considerado uma estabilidade.

O setor de comércio teve alta de 5,9% no acumulado do ano até abril, puxado pelo crescimento das vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico, de 18,9% no período. Na sequência, os maiores crescimentos foram nos grupos de tecidos, vestuário e calçados, com alta de 10% no período, e hipermercados e supermercados, que avançaram 8,4% de janeiro a abril. No resultado de abril comparado com o mês imediatamente anterior, março, o comércio catarinense teve queda de 1,8%.

O setor de serviços em SC cresceu 4,9% até abril frente a igual período de 2024. Os serviços prestados às famílias – hotéis e restaurantes – cresceram 11,9% no primeiro quadrimestre. Outras altas foram registradas nas atividades turísticas, de 10%, e de serviços de transporte, em 7% de janeiro a abril. Considerando abril frente março, o setor teve alta de 0,5%.

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A expectativa é de retração maior da atividade nos próximos meses em função dos juros mais altos, inflação ainda alta, menos crédito e, também, das dificuldades nas exportações que começam a aparecer em função do tarifaço do governo dos Estados Unidos.

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