Um dos painéis de destaque do Concarh 2025, congresso da Associação Brasileira de Recursos Humanos Seccional Santa Catarina (ABRH-SC), que acontece no Centrosul, em Florianópolis, abordou desafios para mulheres chegarem ao topo da liderança de empresas. A pesquisa Panorama Mulheres 2025 feita pelo Instituto Talenses Group e Insper apurou que apenas 17,4% das empresas do Brasil têm mulheres na presidência. As painelistas destacaram que para chegar à diretoria é preciso autoconhecimento, mas, também, mudança na cultura das empresas.
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As palestrantes foram Vanessa Olímpia, head de talentos da Rock World S.A., empresa responsável por festivais como Rock in Rio e Lollapalooza; Daniela Sagaz, head de diversidade na Mondelēz, multinacional do setor de alimentos; Leyla Nascimento, CEO do Grupo Capacitare e presidente executiva da ABRH Brasil; e Regina Zimmermann, Diretora de Operações (COO) da Termotécnica, indústria de SC do setor de embalagens.
– Acreditar que é possível. Muitas mulheres não acreditam que podem alcançar um cargo de liderança. Por isso, esse é o primeiro passo – ressaltou Regina Zimmermann, diretora da Termotécnica.
Para Leila Nascimento, CEO do Grupo Capacitare, o autoconhecimento é elemento central para mulheres chegarem à presidência ou a uma diretoria de uma organização. É preciso que a mulher conheça suas competências.
– É assim que se entende no que é preciso melhorar, se é uma questão técnica ou emocional – afirmou Leila Nascimento, para quem também é preciso preparação para os cargos para ter segurança técnica.
– Compreender seu dom e suas habilidades ajuda a saber o que você quer e te dá autenticidade. Isso permite ser intencional e estratégica na carreira – ensinou Vanessa Olímpia, da Rock World.
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Mas além de dom e habilidades, a executiva do mundo cultural chamou a atenção sobre a necessidade de as empresas passarem a oferecer, de fato, oportunidades para mulheres alcançarem cargos de diretoria.
– Para isso, é necessário ter medidas de pluralidade da organização – quantas mulheres com deficiências, negras, 50+ fazem parte dessa corporação? – questionou Vanessa Olimpia.
Daniela Sagaz também chamou a atenção sobre a importância de as empresas oferecerem, de fato, oportunidades para executivas em cargos de maior liderança.
– A grande responsabilidade das corporações é criar programas estratégicos de liderança para mulheres. Eles devem envolver atração, desenvolvimento, retenção e acolhimento – aconselhou a Daniela Sagaz que atua na gigante dos EUA, dona de marcas como Lacta, Bis, Trident e Clube Social, entre outras.
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