O atual momento da construção civil, que demanda maior uso de tecnologias – em especial inteligência artificial – e financiamentos, impulsionou a participação de aproximadamente 2,5 mil lideranças do setor no Construsummit, evento promovido pelo Ecossistema Sienge, plataforma de tecnologia para construção da Softplan. Desse público, cerca de 70% vêm de outros estados, observa Guilherme Quandt, diretor de Estratégia e Mercado do Ecossistema Sienge, sobre o evento que acontece no Centrosul, em Florianópolis.
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Entre os palestrantes do evento estão o cofundador e CTO da Serafin, Margno Maciel, especialista em inteligência artificial; a diretora executiva da Talls Solutions Stephane Domeneghini, responsável por projetos de arranha-céus do Grupo FG em Balneário Camboriú; e o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Sandro Gamba.
Veja mais imagens do Construsummit, no CentroSul, em Florianópolis:
– O Construsummit é um momento para conexões. Os negócios acontecem muito por meio das conexões entre as pessoas. Mas é um momento também de discutir, sim, os desafios da indústria da construção civil do momento e se preparar para o futuro. As transformações que virão em uma velocidade como nunca vista. Temos aqui muitas startups com inovações ao setor. E as palestras abordam muitos temas sobre a evolução do setor, sobre como será o futuro da construção civil – destaca Moacir Marafon, cofundador e conselheiro da Sofplan, empresa controladora do Sienge.
Realizador do evento, o Ecossistema Sienge não pôde atender toda a procura por ingresso para o evento, que acontece durante dois dias com uma série de palestras, exposição de serviços e oportunidades para conexões com diversos fornecedores. O número foi limitado a perto de 2,5 mil pessoas, explica Guilherme Quandt.
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– Estamos com casa lotada porque nunca tivemos assuntos tão relevantes que vão impactar o mercado de forma tão intensa acontecendo juntos. Temos a revolução da tecnologia causada pela inteligência artificial (IA), que tem transformado a forma como são geridos os negócios, para que o setor alcance os mesmos patamares de produtividade que outros – observa Guilherme Quandt.
Segundo ele, outro tema desafiador para o momento é o financiamento para a construção civil que é caro e enfrenta pouca oferta no mercado financeiro formal em função da alta do juros da Selic, atualmente em 14,75% ao ano. Ele cita também a reforma tributária que é um desafio ao setor, mas indica que vai colaborar para uma maior produtividade.
Sobre o uso da inteligência artificial na construção, Quandt explica que ela impacta de duas formas. Uma é na gestão, no atendimento aos clientes. E outra é no uso de dados para decisões na gestão das empresas.
– Da porta para dentro das organizações, a IA ajuda automatizar processos. A empresa consegue fazer mais com a mesma equipe porque automatiza serviços que antes fazia manualmente, como atendimento ao cliente. Um exemplo é a concessão da segunda via de um boleto. Era um atendimento pessoal, hoje é via aplicativo. Outra ajuda da IA é para otimizar um grande volume de dados para as empresas tomarem melhores decisões estratégicas – explica o diretor.
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Sobre as soluções financeiras, o executivo explica que o mercado está organizando oferta de capital por meio de gestor que busca projetos de boas incorporadoras. Assim, acaba atraindo também bons investidores para financiar projetos construtivos.
O Sienge é a plataforma de tecnologias para o setor da construção civil da Softplan, uma das maiores empresas de software para gestão do Brasil. Com sede em Florianópolis, a companhia tem mais de 3 mil colaboradores diretos e atuação em diversos setores.
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