O cenário para o crescimento econômico global piorou ontem com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de definir barreiras às importações chinesas que poderão impactar em até US$ 60 bilhões. Após alguns dias de negociações, o Brasil, que seria o mais atingido pela alíquota de 25% do aço, conseguiu ficar fora dessa penalidade enquanto negocia um acordo. O mesmo foi oferecido para a Europa, Argentina e Austrália, além do México e Canadá, excluídos desde o início.
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Contudo, as barreiras à China, anunciadas ontem, elevaram os temores de uma guerra comercial. O mercado financeiro foi o primeiro a reagir. As três bolsas americanas tiveram altas quedas. O índice Dow Jones retrocedeu 2,93%, o S&P 500 caiu 2,52% e a Nasdaq 2,43%. No Brasil, o Ibovespa recuou 0,25% e o dólar subiu 1,19% para R$ 3,3072.
Para Santa Catarina, o acordo com os EUA sobre o aço não deve gerar vantagem direta porque o Estado é consumidor do produto e as exportações encarecem os preços internos. O problema atual, segundo as indústrias usuárias, é que o aço está muito caro no país, o que impede margem de lucro porque o mercado ainda sofre efeitos da recessão. Se o preço do aço cair com importações vindas de países afetados pelos EUA, vai aliviar um pouco os custos, mas o consumidor final de produtos feitos com essa matéria-prima não deve sentir muita redução porque as empresas metalúrgicas e de eletrodomésticos devem aproveitar para recuperar margens.
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