Em colaboração relevante para resolver o impasse do tarifaço aprovado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, liderou comitiva de industriais do setor metalmecânico do estado em reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e com a secretária de Comércio Exterior da pasta, Tatiana Prazeres. Aguiar informou que a Fiesc defende diálogo para reverter o impasse das tarifas. Defendeu também buscar um maior prazo para aplicação de taxação maior e recomendou ao governo brasileiro não retaliar importações dos EUA.

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– Retaliar seria o pior encaminhamento, pois ampliaria os prejuízos para a indústria brasileira. Além de tentar reduzir as tarifas, precisamos buscar alternativas como a prorrogação do prazo de início da aplicação, para que as empresas tenham fôlego para se reorganizar e buscar novos mercados – explicou Aguiar.

– As palavras de ordem agora são negociar, negociar e negociar. Mesmo que as tarifas não voltem aos patamares anteriores, precisamos chegar a um nível que permita manter a relevância daquele mercado como destino das exportações catarinenses e brasileiras – enfatizou o presidente da Fiesc.

Conforme Aguiar, indústrias catarinenses já estão atuando junto aos seus clientes dos Estados Unidos, sugerindo para que eles também procurem pressionar o governo do seu país. Isso pode ser feito informando o impacto nos preços que tarifas elevadas vão causar.

– O ministro conhece os números e tem total clareza sobre a importância do tema. Reforçamos a diversidade industrial catarinense, onde as tarifas terão graves consequências, já que os Estados Unidos são o principal destino de nossas exportações – disse Aguiar.

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Entre os industriais de SC que participaram da reunião estava Carlos Rodolfo Schneider, presidente do Grupo Industrial H. Carlos Schneider, dono da multinacional Ciser, de Joinville, maior fabricante de fixadores da América Latina.

Entre as sugestões feitas ela Fiesc, uma propõe incluir produtos semiacabados de aço e alumínio nas estratégias de defesa dos interesses brasileiros no comércio internacional, com foco em isonomia tributária. Isso porque setores já enfrentam invasão de produtos chineses. Um exemplo são parafusos que vêm da China com preços equivalentes ao da matéria-prima paga pelas indústrias brasileiras para fabricar esses produtos. Essas diferenças impedem a competitividade e colocam a indústria brasileira em risco.

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