Multinacionais de Santa Catarina que podem ser afetadas pelo tarifaço de 50% dos Estados Unidos participaram de reunião em Brasília com o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais coordenado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Ao lado de presidentes de entidades setoriais nacionais, estiveram na reunião o presidente da Tupy, de Joinville, Rafael Lucchesi, e o diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG, de Jaraguá do Sul, Daniel Godinho.
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O objetivo da reunião foi debater ações a serem sugeridas para suspender ou minimizar o tarifaço baixado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Nesta segunda-feira, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, também participou de reunião governamental com a indústria e, nesta quarta-feira, ele tem mais uma reunião agendada em Brasília sobre o mesmo assunto.
Apesar de ser uma multinacional com quase 10 fábricas nos Estados Unidos, a WEG também será afetada parcialmente se as tarifas de 50% não forem revogadas. De acordo com o portal Infomoney, a companhia tem 9,1% das vendas totais para os EUA a partir do Brasil.
A Tupy, apesar de ter avançado em internacionalização nos últimos anos, tem nas vendas aos EUA um impacto maior. Chega a 13,9% da receita total o montante vendido ao mercado americano a partir do Brasil.
Entre os representantes de entidades presentes na reunião com Alckminn estavam o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, e o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel.
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Além de obter informações sobre os setores para negociar com os EUA, lideranças do Brasil estão recomendando às empresas falarem com seus clientes americanos para que também pressionem o governo de Donald Trump contra tarifas ao Brasil.
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