Entre as medidas estudadas pelo governo federal para conter o avanço da Covid-19 no Brasil estão novas regras de distanciamento nos transportes. O tema foi abordado pelos ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na reunião do Fórum Parlamentar Catarinense na tarde desta segunda-feira no Palácio do Planalto, na qual participou o presidente Jair Bolsonaro e a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr, além de outros ministros. A informação é destacada pela deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC), que cobrou das autoridades mais recursos para leitos de UTIs, medicamentos e vacinas para o Estado enfrentar a pandemia.
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Parlamentares de SC e Daniela se reúnem com Bolsonaro e Queiroga
Ainda sobre a disseminação da pandemia nos transportes, a deputada Zanotto disse que o ministro da Saúde manifestou para Tarcísio Freitas a preocupação com as aglomerações no transporte coletivo urbano, nos metrôs e até nos aviões, que estão todos lotados, sem espaço de distanciamento tanto nos veículos, quanto nos terminais rodoviários e aeroportuários. A expectativa é de que medidas sejam anunciadas nos próximos dias, incluindo reforço para uso de máscaras mais eficientes nos transportes coletivos. Sobre medidas mais restritivas de para conter a pandemia, o presidente da República disse que esse é um tema que está com os estados.
De volta ao governo de SC, Daniela Reinehr tem um gigantesco desafio econômico pela frente
A reunião foi aberta pelo coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, Daniel Freitas e após o senador Jorginho Mello (PL-SC) falar sobre obras de infraestrutura, Bolsonaro disse que pretende inaugurar duas rodovias este ano no Estado: a BR-285 no Sul e trecho da duplicação da BR-470 até Gaspar. Conforme o senador, estão previstos para este ano R$ 271 milhões para novas obras em rodovias federais e mais R$ 147 milhões para restaurações, o que soma R$ 418 milhões. Caso o governo do Estado consiga destinar R$ 250 milhões, o total de investimentos será de R$ 678 milhões no ano.
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Também participaram da reunião o ministro-chefe da Secretaria de Governo da presidência da República, General Luiz Eduardo Ramos, o ministro da Justiça, André Mendonça e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Do parlamento de SC, estiveram o senador Esperidião Amin e a maioria dos deputados. A vice-governadora Daniela Reinehr defendeu os investimentos em infraestrutura e na saúde. Mas como a prioridade é o enfrentamento da pandemia, foi a deputada Zanotto quem apresentou os detalhes dos pleitos catarinenses,
Ela cobrou mais vacinas ao Estado. Explicou que a constatação de que SC vem recebendo doses a menos do que o necessário ocorreu porque nem todos os profissionais de saúde estavam cadastrados no sistema nacional. Ressaltou que ainda faltam vacinas para profissionais de linha de frente em SC, especialmente aos mais jovens.
– Fizemos pedido de habilitação de todos os leitos de UTI extras que estão sendo implantados no Estado ou que já foram instalados em Santa Catarina, mas que não têm o respectivo pagamento. Lembrei o presidente que o Brasil precisa enfrentar a pandemia com mais recursos porque só a MP 1.032 não vai cobrir as despesas da pandemia em 2021. Defendo que é preciso repensar na PEC de Guerra para ter recursos suficientes sem comprometer o orçamento de 2021 e a Lei de Responsabilidade Fiscal – disse Zanotto.

O coordenador do Fórum, Daniel Freitas, disse que o ministro Queiroga reafirmou os compromissos de Eduardo Pazuello para a saúde de SC, como a liberação de 60 leitos nos próximos dias e mais 30 na sequência.Informou que na lista de equipamentos necessários ao Estado estão mais respiradores e monitores para leitos de UTI porque recursos humanos, espaço físico e equipamentos SC tem.
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O senador Esperidião Amin, que participou na reunião ao lado da deputada federal Angela Amin, falou sobre a importância dos recursos para infraestrutura. Lembrou que o valor previsto para este ano, de R$ 266 milhões para investimentos, é menos do que o executado no ano passado, R$ 302 milhões. Por isso, disse que se o governo do Estado puder aportar R$ 250 milhões, será uma contribuição inestimável para os investimentos rodoviários.