O arroz é um alimento considerado essencial no Brasil e faz dupla bicolor com o também essencial feijão. Apesar de todos saberem que são saudáveis, eles estão sendo substituídos até por itens ultraprocessados, perdendo espaço nos pratos e enfrentando preços em queda. Dados do IPCA, inflação oficial do país, mostram que de janeiro a setembro deste ano o arroz ficou 20,85% mais barato e o feijão, 31,26%. Com o objetivo de incentivar o consumo, a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) lançou nesta segunda-feira (27) a campanha nacional “Arroz Combina”.
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O objetivo da entidade é estimular o consumo do cereal, mostrar as qualidades do produto brasileiro e fazer frente a informações equivocadas de que o produto ajuda a ganhar peso ou outras desinformações veiculadas em redes sociais. É uma campanha também para valorizar o potencial do produto em dezenas de receitas entre os difereciais estão o fato de ser versátil e não conter glúten.
O presidente da Abiarroz, o industrial catarinense Renato Franzner, observa que a campanha tem como objetivo fortalecer a conexão cultural e afetiva da população com o a arroz. Ele destaca que a campanha vai envolver a valorização da cadeia produtiva e o produto de um modo geral.
O arroz é um alimento versátil, que se diferencia por ser importante ingrediente de mais de uma dezena de pratos únicos, ou seja, quando a escolha é fazer apenas um prato principal para uma refeição. Nessa lista, pode ser incluído desde em sofisticados risotos, carreteiro de carne bovina, paella, galinhada, arroz com legumes, arroz com cogumelos e até aquela receita de canja clássica de quem quer agradar toda a família, que consiste em três colheres de arroz, carne de frango, sal a gosto e uma hora de cozimento.
Produção alta, consumo baixo
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Em média, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o consumo está em 10,5 milhões de toneladas/ano no Brasil e a safra 2024/2025 teve produção de 12,8 milhões de toneladas, 20,6% mais que na safra anterior. O excedente é exportado para mais de 100 países, mas isso não resulta em preço melhor no mercado interno aos produtores.
A Embrapa pesquisa o consumo per capita de arroz no Brasil há mais de 60 anos. A maior média foi nos anos de 1990, de 47 quilos por pessoa ano. Em 2024, ficou em 34 quilos per capita.
O presidente da Organização das Cooperativas de Santa Catarina (Ocesc) e da Cooperativa Central Brasileira de Arroz (Brazilrice), Vanir Zanatta, reconhece que para os rizicultores de SC, é difícil trabalhar com preços tão baixos. Se o brasileiro consumisse mais arroz, o produtor teria ganho mais equilibrado e a alimentação das famílias seria mais saudável.
A produção nacional de arroz é liderada pelo Rio Grande do Sul e em segundo lugar vem Santa Catarina, estado que se destaca com salto de produtividade em função de pesquisas realizadas pela Epagri. Há 50 anos, a produtividade por hectare em SC era de 2,2 toneladas e, agora, supera 8 toneladas.
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