Grupo de empresários do setor de tecnologia do Brasil e do exterior assinou nesta sexta-feira (25), no bairro de luxo Jurerê Internacional, em Florianópolis, um memorando de entendimentos para instalar uma Zona de Processamento Especial (ZPE). O objetivo é atrair grandes empresas dos setores de tecnologia e inovação, em áreas de fronteira do conhecimento. Um passo seguinte, com as  devidas autorizações, a ZPE pode se tornar um território autônomo, com empresas on-line, em modelo semelhante ao da Estônia, na Europa, ou do bairro privado Próspera, em Honduras, na América Central.

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Entre os que lideram a iniciativa estão o empresário Canadense Nima Kaz; a empresária Paloma Lecheta da Founder Haus & JUPTER; e os recém investidos do portfólio de JUPTER & Founder Haus, o empresário francês Hugo Mathecowitsch, sócio da Tools for the Commons; e o empresário brasileiro Jean Hansen, fundador da Peerbase e iniciador da Ipê City (cidades temporária). Também participam o Grupo Habitasul, empresa de Jurerê Internacional, Próspera e Infinita City.

Veja mais imagens da assinatura do memorando e da conferência sobre startups:

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– Nosso objetivo é oferecer condições para abrir empresas e operar de forma competitiva. Por exemplo, nas áreas de inteligência artificial, biotecnologia e tecnologias espaciais. É preciso ter algumas regulações específicas para isso acontecer. Além disso, é necessária uma infraestrutura muito boa de datacenters. Estamos vendo para trazer essas soluções porque não se consegue treinar robôs, esses novos modelos de algoritmos de automação sem isso – afirma Hugo Hugo Mathecovitsch.

Bairro de luxo de Florianópolis sedia a primeira cidade temporária para testar inovações

A intenção é facilitar a abertura de negócios oferecendo condições competitivas globalmente para empresas em geral e também para aquelas que querem ter um endereço remoto, como acontece na Estônia, um pequeno país europeu. O empresário Nima Kaz, da Founder Haus, diz que investidores internacionais têm dificuldades para estabelecer negócios no Brasil e a intenção com a ZPE é facilitar.

Para isso e para evoluir visando ser uma zona com mais autonomia, são necessárias autorizações e aprovações de novas leis. Os articuladores da ZPE, que terá sede em Jurerê Internacional, já fizeram contatos com a prefeitura de Florianópolis, e com instituições do governo do Estado, como a Invest SC, agência de atração de investimentos, e a Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc), responsável pelo registro de empresas.

A apresentação da futura ZPE foi feita durante painel da Startup Society Conference II, uma conferência sobre o futuro das cidades, que abriu nesta sexta-feira e vai até domingo no Il Campanario Resort, em Jurerê Internacional. O bairro também sedia a Ipê City, primeira cidade temporária do Brasil, criada para testar inovações numa cidade real. Essa cidade temporária iniciou atividades em 21 de abril e vai até 22 de maio.

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Entre os palestrantes do painel também esteve Erick Brimen, CEO da Honduras Próspera Inc., empresa dos EUA que está construindo um bairro autônomo privado para facilitar os negócios. A região, numa ilha de natureza exuberante, vem atraindo investidores do mundo todo, inclusive brasileiros.

O painel foi aberto com apresentações da empresária Andrea Druck, conselheira do Grupo Habitasul, e de José Mateus, diretor de negócios grupo. Eles falaram sobre os 45 anos de construção do bairro aberto Jurerê Internacional, junto à praia, que agora adotou a marca Jurerê in.

Um dos pontos que chamaram mais a atenção foi quando Andrea falou do início do bairro, chamado de “careca” por não ter vegetação. Era uma área agrícola. Agora, o bairro se destaca pelas reservas florestais, ampla arborização e urbanismo de ponta.   

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