Cientistas do JBS Biotech Innovation Center, unidade de proteína cultivada em laboratório pelo Grupo JBS no Sapiens Parque, em Florianópolis, já estão multiplicando carnes em pesquisas. A informação é do CEO Global do grupo, Gilberto Tomazoni, que fez palestra nesta quinta-feira (19) no Fórum Radar sobre neoindustrialização, promovido pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesc).
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Esse trabalho dos pesquisadores está sendo feito temporariamente em laboratório no Instituto de Senai de Inovação em Sistemas Embarcados enquanto o novo prédio da JBS está sendo construído. Tomazoni destacou que o tamanho desse mercado de proteínas alternativas será decidido pelos consumidores. Se eles gostarem, a tendência é de que seja representativo no Brasil e no mundo.
Reafirmou que no ano que vem (2024) a JBS já estará fornecendo proteína cultivada para o mercado consumidor. Além da unidade em SC, tem uma mais avançada na Espanha, que está construindo fábrica para escala comercial. Segundo ele, são duas linhas de pesquisas diferentes, mas com o mesmo objetivo, de produzir carne cultivada.
Questionado sobre o sabor dessa proteína, Tomazoni disse que já consumiu preparada e gostou. O sabor é bom, muito semelhante com o da carne normal. Ele falou que ainda não provou um “steak”, bife, em português.
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Além da proteína cultivada, que consiste na multiplicação, em laboratório, de células de carnes naturais, a JBS também avança mais rápido em outro tipo de proteína, a vegetal, chamada de plant-based. Conta com fábricas na Holanda e no Brasil, onde é líder de mercado em ambos os países no segmento. No Brasil, a linha conta com diversos produtos semelhantes aos de carne normal.
O CEO da gigante de alimentos, que é catarinense, começou a palestra no Fórum Radar destacando o desafio de alimentar o mundo nas próximas décadas. Segundo ele, o Brasil tem um grande potencial de terras produtivas que estão degradadas, podem ser recuperadas e utilizadas para produção de alimentos.
Revolução verde
Para Tomazoni, o Brasil será o protagonista da revolução verde do mundo nos próximos anos porque tem dois potenciais: terras agricultáveis e natureza para comercializar créditos de carbono.
– A revolução industrial foi fantástica para os Estados Unidos, mas a revolução verde será extraordinária para o Brasil – disse o executivo.
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