Embarques e desembarques de carga geral vão responder por 80% da movimentação do Porto de Itajaí neste mês de dezembro e terão participação ainda maior em janeiro, informa a operadora SC Portos, que atua com esse serviço e também na recepção de navios de passageiros. É que a movimentação de contêiners está praticamente parada devido a atrasos na definição do operador dessa área a partir de primeiro de janeiro.
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A expectativa era de que o Porto de Itajaí tivesse todas as atividades privatizadas, por meio de concessão, no segundo semestre deste ano. Como o processo não avançou no governo federal e ficou para a nova gestão decidir, os acordos levaram a uma prorrogação de última hora do contrato da multinacional APM Terminals. Agora, ela trabalha para atrair novamente os clientes que foram para outros portos.
A movimentação de cargas gerais foi iniciada no Porto de Itajaí este ano pela SC Portos, que atua na área pública do terminal. As atividades avançaram ao longo do ano e vão fechar 2022 respondendo por 30% da movimentação total, informa o diretor da empresa, Antonio Carlos Guimarães.
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Segundo ele, a SC Portos encerra o ano com movimentação de 300 mil toneladas. Isso tudo envolveu a participação de 34 navios de carga geral. A empresa recebeu, também, este ano, seis navios de passageiros em Itajaí.
– Essa movimentação que a SC Portos vem fazendo de carga geral desde o início do ano está sendo extremamente importante para o porto e para a própria cidade de Itajaí, compensando parte da perda com a movimentação de contêineres. Ela movimenta outros segmentos de mercado que são bastante fortes, principalmente de cargas de alto valor agregado, cargas industrializadas, que são uma característica do Porto de Itajaí – afirma Guimarães.
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Resultado de associação das operadoras portuárias Simetria, de Imbituba, e SOIN, de São Francisco do Sul, a SC Portos atua principalmente com movimentação de celulose e produtos siderúrgicos para exportação e de veículos, para importação, que vêm em navios especiais roll-on roll-off. Além disso, faz algumas operações de açúcar, fertilizantes e ração animal.
O empresário João Ricardo Chaves, também sócio da SC Portos, destaca que o avanço da movimentação de carga geral está gerando renda para os trabalhadores portuários e para uma série de empresas prestadoras de serviços de transporte e logística. Isso porque a retração do movimento de contêineres reduziu muito a oferta de serviços para esses trabalhadores e firmas.
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