Santa Catarina encerrou 2024 com estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,3%, a segunda maior variação positiva dos últimos 10 anos – em 2021 cresceu 6,8% -, informa a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), que faz esse estudo anual. O crescimento alcançado por SC pode ser o maior entre os estados brasileiros no ano, como indica a prévia do PIB do Banco Central, que projetou alta de 5,7% em SC. O cálculo da Seplan, feito com base em 28 indicadores da economia estadual, mostra que SC superou a alta do PIB nacional, que chegou a 3,4% em 2024, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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As maiores influências para a alta do PIB de SC em 2024 vieram da indústria, que cresceu 7,6% no ano, seguida pelos serviços, com alta de 7,2% no varejo ampliado, de 6,1% nos demais serviços apurados pelo IBGE. Outros serviços considerados pela Seplan também cresceram. O índice da agricultura teve em 2024 uma queda de -14% e o da pecuária cresceu 2%. Essas estimativas do PIB são feitas pela Diretoria de Políticas Públicas da Secretaria de Estado do Planejamento.
– O Estado de Santa Catarina atinge o segundo maior PIB dos últimos dez anos, o que reflete a assertividade das políticas públicas que estão sendo implementadas e seus impactos positivos na economia estadual. Temos o sexto maior PIB do país, o quinto melhor PIB per capita, e as projeções indicam que a nossa indústria teve o maior crescimento do Centro-Sul em 2024. Seguiremos investindo em estratégias de crescimento e desenvolvimento para manter e ampliar esses resultados – destaca o Secretário de Estado do Planejamento, Edgard Usuy.
Na avaliação do economista da Secretaria de Planejamento, Paulo Zoldan, responsável pelo acompanhamento e projeção dos indicadores, a economia catarinense teve uma aceleração no último trimestre do ano passado porque até setembro estava com crescimento anual da ordem de 4,7%.
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Na indústria de transformação, os setores que tiveram as maiores altas em 2024 foram máquinas e equipamentos (17,1%) e máquinas e materiais elétricos (16,9%). No comércio ampliado, os destaques foram nas vendas de veículos, motocicletas, partes e peças, que avançaram 17,2%; de eletrodomésticos, que cresceram 12,7%. E nos serviços, o turismo teve alta de 9% no ano enquanto o transporte avançou 8,3%.
Outros indicadores que mostraram a força da economia do estado foi o saldo de 123.410 novas empresas abertas em 2024, a taxa de desemprego de 2,8% e a criação de 106,4 mil novos empregos com carteira assinada, segundo dados do Caged.
As exportações, que somaram US$ 11,7 bilhões ano passado, com alta de 0,7% frente ao ano de 2023, também colaboraram para o fortalecimento e expansão da economia.
– O crescimento da economia estadual observado em 2024 muito provavelmente perderá fôlego, já que a economia brasileira deverá crescer menos e o setor externo também não deverá ajudar muito. A média das projeções para o crescimento do PIB brasileiro para esse ano, projetadas pelas principais instituições financeiras e de governo, aponta uma alta de 2,1%, abaixo do crescimento observado no ano passado – observa o economista Paulo Zoldan.
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