O Banco Central adotou mais uma medida para tornar o Pix um pagamento ainda mais seguro, com menos fraudes. Desde sábado (4), a instituição passou a bloquear chaves Pix usadas em golpes e fraudes. Quem deve indicar as chaves a serem bloqueadas são as instituições financeiras. Outra medida exigida pelo Banco Central na última quarta-feira (01) para instituições financeiras foi a criação de um botão no Pix para denunciar golpes e, assim, facilitar a recuperação de valores.

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São novidades visando aprimorar o sistema para todos os usuários, mas elas mostram que o Pix, apesar de ser um novo meio de pagamento gratuito e fácil de usar, precisa de atenção para que esses riscos sejam minimizados e evitados.

A decisão do Banco Central de eliminar chaves Pix usadas em fraudes é importante porque limita a ação de criminosos virtuais. Eles terão menos oportunidades para transferir dinheiro. Essa é uma das medidas também para coibir grandes golpes ao sistema financeiro, como alguns realizados ou tentados nos últimos meses.

A criação do botão de contestação de transações do Pix foi uma exigência para as instituições financeiras oferecerem aos clientes para facilitar a identificação de fraudes e devoluções. Essa medida está no âmbito do Mecanismo Especial de Devolução (MED) lançado em 2021 para ressarcir vítimas de golpes no Pix.

Em vigor há quase cinco anos, o Pix se tornou o principal meio de transferências e pagamentos de recursos do Brasil e vem sendo observado por mais de 50 países, interessados em adotar modelo semelhante. Mas como é transferência de recurso instantânea precisa atenção frente a golpes e também para evitar o envio de recurso para contas erradas.

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Quando cliente é vítima de golpe, para recuperar o recurso deve usar o botão de contestação, avisar a instituição bancária, fazer um boletim de ocorrência na Polícia Civil e guardar todas as provas digitais.  

Mas quanto a pessoa envia o Pix para a conta errada, ela tem menos alternativas para recuperar o valor. Deve solicitar a quem recebeu fazer a devolução. Se a pessoa não devolver, o passo seguinte é encaminhar uma cobrança judicial, que pode demorar.  Por isso, na hora de enviar o Pix, a pessoa deve verificar se os dados da chave Pix estão corretos e se está enviando para a pessoa certa.

Além disso, o Banco Central segue aprimorando o sistema e lançando novidades também visando reduzir custos para a economia. Atualmente, está preparando o Pix Parcelado, que permitirá ao pagador dividir um Pix em parcelas, mesmo sem limite no cartão de crédito.

A regulamentação desse modelo será divulgada até o final deste mês (outubro), em dezembro serão detalhados os procedimentos de como serão as operações e, depois, haverá um prazo para as instituições se adaptarem. Não foi definido, ainda, quando o Pix Parcelado vai entrar em vigor.

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