A posse solene da diretoria da Federação as Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) para o triênio de 2025 a 2028, com o industrial Gilberto Seleme na presidência, reuniu quase 800 lideranças na sede da entidade, em Florianópolis, na noite desta sexta-feira (22). Participaram o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban, representantes de poderes, outras lideranças empresariais, políticas e familiares de industriais. Os discursos foram de convergência em favor da indústria e do desenvolvimento do presente e do futuro.

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– A Fiesc não é apenas uma entidade de representação setorial. É uma das bases estratégicas do estado. O Brasil e o mundo vivem tempos de transformação profunda. E é diante desse cenário que esta nova gestão escolheu dar ênfase a temas críticos para o presente e o futuro da indústria catarinense: associativismo, educação, infraestrutura e ação social com destaque para a saúde do trabalhador – enfatizou Seleme no discurso.   

Veja mais fotos do evento de posse de Gilberto Seleme na presidência da Fiesc:

Na presença de lideranças políticas de diversos partidos, três senadores, deputados federais e estaduais, o novo presidente da Fiesc deixou claro que vai dialogar com todos na defesa da indústria e do desenvolvimento.

– A federação é a porta-voz legítima da indústria catarinense. E o nosso principal compromisso é dialogar. Dialogar com todos — com os diferentes poderes, com todas as instâncias de governo, com todas as correntes políticas. Porque o partido da Fiesc é a indústria – afirmou Seleme.

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O industrial do município de Caçador fará uma gestão de continuidade da anterior, do joinvilense Mario Cezar de Aguiar, da qual participou ativamente como primeiro vice-presidente. Essa administração da Fiesc foi marcada pelo ativo enfrentamento da pandemia e investimentos em favor da competitividade da indústria, que somaram R$ 1,5 bilhão, principalmente em educação via Senai e Sesi.

– Finalizamos este ciclo com a convicção de que cumprimos nossa missão. Mas, mais importante do que aquilo que conquistamos, é aquilo que nós, industriais, continuaremos a perseguir. A Fiesc que entregamos hoje é mais moderna, mais preparada e mais conectada com os desafios do presente e do amanhã. Estamos deixando, além de importantes projetos, sete grandes obras em andamento – afirmou Mario Cezar de Aguiar, destacando que esse trabalho terá continuidade na gestão liderada por Seleme.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, observou que Santa Catarina tem lideranças industriais que participam ativamente na Fiesc. Assim, colaboram para melhorar as políticas industriais. É com esse foco que a CNI está fazendo um novo movimento em nível nacional.

– Na semana passada, tivemos uma reunião com todas as confederações dos setores produtivos (do país) e vamos apresentar, em breve, um plano que nós vamos chamar de “Brasil mais 25”. É um plano do Brasil que nós queremos porque precisamos de um plano para plataformas e políticas de Estado – afirmou ele, ao explicar que serão reunidos temas de convergência dessas entidades.

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O governador Jorginho Mello destacou o crescimento econômico de Santa Catarina acima da média do país, o que tem como um dos destaques a última taxa de desemprego de 2,2%, a mais baixa do Brasil.

–  A indústria de excelência de Santa Catarina é exemplo para o Brasil – destacou Jorginho Mello, citando como exemplo de parceria entre o setor e o estado o laboratório Multicyber, projeto de inovação da UniSenai Joinville que venceu edital da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de SC (Fapesc).

O tema que angustia a indústria brasileira no momento, o tarifaço de 50% dos Estados Unidos, prevaleceu mais nos bastidores do evento. Pouco foi falado nos discursos oficiais. O presidente da CNI, Ricardo Alban, disse que vai liderar missão a Washington dias 3 e 4 de setembro, quando industriais vão falar com lideranças americanas com o objetivo de buscar um acordo para reduzir esse tarifaço. De SC, está confirmado que a Fiesc será representada pelo primeiro vice-presidente da entidade, André Odebrecht.

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