Santa Catarina, mais uma vez, se destaca como a terra do emprego. Embora tenha o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) do país, fechou o primeiro quadrimestre do ano em terceiro lugar na criação de postos de trabalho, com 55.675 novas vagas, atrás apenas de São Paulo, que abriu 190.094 e Minas Gerais, que gerou 92.205 vagas.
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No quadrimestre, a liderança em SC foi da indústria, com saldo positivo de 28.340 novas vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Em abril, SC gerou 7.012 novos empregos, mantendo média próxima do que registrou em abril de 2022 (7.627) e também em abril de 2021 (8.810). No Brasil, no mês passado, foram criados 180.005 empregos, com liderança de São Paulo (54.910), Minas Gerais (27.438) e Rio de Janeiro (18.114).
Em SC, no mês de abril, os serviços abriram o maior número de vagas (4.592), seguido pela construção civil (1.751), comércio (1.168) e indústria (651). A agropecuária, que encerrou a colheita de várias safras, teve saldo negativo de 1.150 vagas.
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Indústria lidera criação de vagas até abril
O Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias de SC, analisou a geração de empregos no setor. Dos mais de 28 mil novos postos de trabalho, 18.790 foram na indústria de transformação.
Os destaques foram os setores têxteis, confecções e calçados (5.397), alimentos e bebidas (3.767) e metalmecânica (1.317). SC ficou em terceiro lugar em novas vagas no setor de transformação. A construção civil abriu 9.392 empregos novos no período.
– Diversos setores da indústria contribuíram para o aumento de vagas, impulsionados pelo consumo das famílias, principalmente de bens não-duráveis. O aumento das exportações de produtos químicos e de metais também colaborou para a expansão do emprego. Isso demonstra a capacidade produtiva e a importância da indústria catarinense, que permite o desenvolvimento do estado a partir da força de cada um dos seus setores – analisou o industrial Mario Cezar de Aguiar, presidente da Fiesc.
Apesar de ter registrado saldo negativo de vagas, a agropecuária impactou positivamente outros setores, criando novas vagas, destacou a economista do Observatório Fiesc, Mariana Guedes. Segundo ela, o agro estimulou serviços como transporte, armazenagem, além da própria indústria de máquinas e equipamentos.
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Vagas nos municípios
No mês de abril, a variação de vagas nos municípios teve relação com a expansão de negócios e sazonalidade. Joinville liderou com 1.156 novas vagas. Em segundo lugar ficou Itajaí com 803, depois Chapecó com 531 e Itapema com 396. Tiveram resultados positivos cidades-polo como Florianópolis (372) Navegantes (370), Criciúma (344), Blumenau (240), São José (191), Guatambu (293), Lages (64) e Palhoça (129).
Os municípios que mais tiveram fechamento de vagas foram São Joaquim (-417), Bombinhas (-256), Lebom Régis (-168) e Fraiburgo (-48). Nos casos de São Joaquim e Fraiburgo, o saldo negativo está ligado ao fim das colheitas de uva e maçã.
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