A partir desta semana, Blumenau e o Médio Vale do Itajaí entrarão em quarentena. Não a decretada pelo governo, mas a voluntária, que acontece todos os anos na época de festas.

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No período entre o Natal e os primeiros dias de janeiro, indústrias dão férias coletivas a funcionários. Muitas reduzem turnos ou interrompem a produção de vez. Repartições públicas não funcionam. Comércios, restaurantes e até padarias fazem intervalo no atendimento. Tem estabelecimento que só retorna lá pelo dia 20 de janeiro.

Haverá menos pessoas compartilhando ambientes fechados num momento em que ar-condicionado é necessidade. Os ônibus rodarão com espaço sobrando. As noites ficarão mais silenciosas. É a época do ano em que o blumenauense circula menos.

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O número de casos de Covid-19 está em viés de baixa em Blumenau desde o início de dezembro, mas ainda em patamar elevado (quase 200 casos por dia na média móvel). Havia 67 pessoas internadas em leitos de UTI no domingo (20).

Sem Magia de Natal, fogos de Réveillon na Beira-Rio e o blumenauense em casa, pode ser a oportunidade de frear a transmissão do coronavírus e iniciar 2021 em outro cenário. Contaríamos as semanas para a chegada da vacina, ao invés de mortos.

Risco nas festas

Essa é a perspectiva otimista. Aos pessimistas, também não faltam razões para preocupação. A depender do comportamento das famílias nas festas, mesmo que dentro de casa, idosos até aqui protegidos do vírus estarão sob risco. Encontros entre jovens descuidados e parentes que integram os grupos de risco podem ser fatais.

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A parcela que vai ao litoral estará potencialmente exposta, ainda mais no ambiente de liberou geral criado pelo Estado. Em janeiro, voltarão ao Médio Vale cidadãos que, durante as férias, frequentaram ambientes em situação completamente distinta da de Blumenau. Ao fim e ao cabo, nenhuma cidade é uma ilha sanitária.

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Nesta despedida de 2020, sem ações conjuntas e racionais contra a Covid-19, resta-nos torcer pelo acaso.

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