Foram 30 anos de espera. De 1992, ano do primeiro título estadual, a 2022 uma nova história foi escrita e algumas gerações de torcedores embalaram o sonho. O Brusque é novamente campeão catarinense de futebol e não há discussão que possa colocar em dúvida esta condição.

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O Brusque bateu na trave em 2020 e em 2021, chegando à final e perdendo para a Chapecoense há dois anos, e chegando às semifinais no ano passado, quando foi eliminado pelo Avaí, que depois seria campeão. Mas os resultados que ficavam por pouco dentro de campo, já mostravam que fora de campo a direção fazia um trabalho correto.

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A conquista deste sábado foi algo construído pouco a pouco com visão e dedicação. Desde a glória da Série D de 2019, passando pelo acesso à Série B, em 2020, pela permanência na mesma B, em 2021, o “maior do Vale” – como a torcida gosta de chamar – vinha fazendo o caminho.

Um caminho que lembra muito os passos dados pela Chapecoense no início da década passada.

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Um time recheado de referências

Jogadores do Brusque comemoram o gol de Fernandinho na primeira partida da decisão
Jogadores do Brusque comemoram o gol de Fernandinho na primeira partida da decisão (Foto: Lucas Gabriel/ Brusque FC)

Quando o Catarinense deste ano começou não havia dúvidas de que o Brusque estava entre os favoritos. Mesmo com a perda das duas principais referências de ataque, Edu e Thiago Alagoano, a direção fez bem o trabalho necessário e novas referências já surgiram. Fernandinho e Alex Sandro cumpriram o papel e foram destaques na conquista do Estadual.

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O comando firme de Waguinho Dias, que sempre “cantou a pedra” antes dela sair, como quando projetou a quarta rodada para o verdadeiro início dos resultados, foi outro fator decisivo para a conquista. Estava agoniado a beira do gramado no primeiro tempo da grande final: “vamos definir!”. Sabia ele que o segundo tempo seria terrível de tensão e pressão do Camboriú.

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Outros símbolos deste time ficam pra marcados. Ausente da decisão, o Potiguar Rodolfo jogou uma bola redondinha e foi um dos melhores da competição. Diego Jardel renasceu depois de lesão muito complicada no joelho e longo tempo de recuperação. Sempre dando um toque de classe, o camisa 10 desfilou no meio de campo. E lá atrás, o experiente e supercampeão zagueiro Wallace fez um Catarinense irreparável.

Ainda é necessário falar de Ruan Carneiro, o goleiro que entrou na hora quente do campeonato, no mata-mata, porque Jordan se machucou na Ressacada, ainda nas quartas, contra o Avaí. Pois foi de Ruan Carneiro o “gol do título”, numa defesa fantástica aos 24 minutos do segundo tempo na cabeçada de Ronny, que parecia que seria gol.

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Goleiro campeão, Ruan Carneiro agarra também a taça do campeonato
Goleiro campeão, Ruan Carneiro agarra também a taça do campeonato (Foto: Lucas Gabriel/ Brusque FC)