No “Estádio CBN Diário” de segunda-feira, ficaram mais claras as ideias do Figueirense sobre o pedido de recuperação judicial.
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O primeiro aspecto, que não foi dito, mas está claro, é que a queda para a Série C foi determinante para que o clube, juntamente com a Alvarez & Marsal, escolhesse este caminho.
Mais uma vez o representante da consultoria, Leonardo Coelho, afirmou que três cenários estavam estudados e prontos para que fossem executados. Um cenário era o de acesso para a Série A, com aumento significativo das receitas. O segundo cenário era o de manutenção na Série B, que garantiria receitas modestas, mas que ajudariam o Figueirense a administrar suas despesas e dívidas.
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O terceiro cenário era o pior de todos, com a queda para a Série C e redução drástica das receitas. Foi o que aconteceu. Neste cenário não havia outro caminho a não ser o de tentar a recuperação judicial, bloquear execuções e cobranças para negociar com cada um dos credores.
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Outra questão que está evidente e o torcedor precisa saber é que o Figueirense está muito bem representado e argumentado juridicamente. Luiz Roberto Ayoub é referência nacional quando o assunto é a lei de recuperações judiciais e seus processos. Ayoub é respeitado como referência por ter comandado como magistrado o processo de recuperação judicial da Varig.
Então, no popular, o Figueirense contratou quem sabe muito bem o que está fazendo e quem tem muita representatividade, como ex-Desembargador, em qualquer Tribunal do país. Tem grande credibilidade e peso.
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Por fim, um terceiro ponto, que está muito implícito ainda, mas já começa a aparecer, é a capacidade da Alvarez & Marsal de atrair investidores. Tudo por conta da credibilidade que a consultoria tem no mercado. Mas para começar a desenvolver essa capacidade e para apresentar um projeto e atrair investidores, o ponto de partida é a aprovação da recuperação judicial do Figueirense.
Olhando de fora, e estudando um pouco os processos e as ideias, acredito que possa dar certo. Desta vez o Figueirense está junto de grupos e pessoas de muita credibilidade e muito respeitados em suas áreas.
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Mas o torcedor vai precisar entender que é um trabalho que vai durar muitos anos. O Figueirense não se resolve em um ou dois anos. E a torcida vai ter que ser parceira.
Assim como não dá pra chegar à Série A, sem passar pela Série C e pela Série B, não dá pra ser forte no mercado novamente sem fazer toda essa reestruturação. É um trabalho que tende a dar base sólidas para um novo período de crescimento e desenvolvimento da marca Figueirense, do clube, e do time em campo.