A eleição à presidência do Avaí já tem duas chapas encaminhadas. Uma delas com Bernardo Pessi candidato e a outra com Renan Schlickmann. É uma disputa que promete pelo momento atual do clube e as enormes responsabilidades e desafios que a próxima gestão vai enfrentar.
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Financeiramente, o Avaí vai virar o ano bastante fragilizado. E esportivamente, o clube, apesar da conquista do Catarinense 2025, perdeu espaço no cenário nacional nos últimos quatro anos.
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A cobrança da torcida do Avaí já é maior do que a ansiedade por vitórias dentro de campo. Atualmente, o torcedor avaiano é um torcedor que exige não só a alegria, muitas vezes efêmera, das glórias de campo. Há uma salutar cobrança por organização, desenvolvimento e representatividade esportiva.
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Os candidatos estão cientes do desafio. E em respostas à coluna manifestaram o tom de preocupação com o futuro do Avaí.
Bernardo Pessi
Apoiado por nomes tradicionais da política avaiana, como as famílias Koerich e Cavalazzi, Bernado Pessi conhece a situação atual do clube por dentro. Esteve até o mês passado como presidente do Conselho Deliberativo e viu de perto os quase quatro anos de gestão de Júlio Heerdt. A candidatura dele já está registrada oficialmente, faltando a homologação na checagem das 150 assinaturas mínimas da chapa.
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“Estou me colocando à disposição. Sinto que ao longo do período como Presidente do Conselho Deliberativo pude atuar em prol do Avaí e conhecer seus desafios. Venho de família avaiana, meu avô foi presidente, e sinto que posso contribuir com o futuro do Avaí.
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O que me deixa mais contente é perceber que pessoas de diversos grupos ligados ao Avaí, que têm em comum a insatisfação com a atual situação do clube, identificaram em mim e no vice da nossa chapa, Carlos Schmidt, o preparo necessário para corrigir erros inaceitáveis.
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Recebemos mais de 250 fichas para o Conselho com nomes de representantes da torcida, de apoiadores históricos do Leão e até de apaixonados pelo Avaí que ainda não participavam de forma intensa da vida política do Clube. São pessoas que perceberam o desafio que vamos enfrentar.
Precisamos reduzir despesas, pagar dívidas e fortalecer o time. Isso passa por medidas como a revisão do papel dos profissionais de análise de mercado. Eles não podem ter sua opinião ignorada pelo diretor de futebol. Precisamos de máxima eficiência nas contratações para evitar equívocos que resultam em desperdício de dinheiro sem ganho de competitividade.”
Renan Schlickmann
Renan Schlickmann surgiu como candidato nesta semana depois da desistência de Gilson Kremer. Schlickmann tem o apoio de outra família tradicional no Avaí. A família do ex-presidente João Nilson Zunino está na base de suporte à chapa, com nomes de peso por trás, como Alexandre Espíndola e Amaro Lúcio, que estiveram com Zunino em gestões passadas. A chapa deve ser registrada neste domingo, o prazo final de inscrições.
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“Com certeza é o maior desafio da minha vida, mas também é um compromisso com torcedor avaiano para que a gente possa resgatar o Avaí para os avaianos, porque hoje a situação que a atual gestão deixou o clube é desesperadora. Unindo forças, juntando toda a nação avaiana com pessoas capacitadas, pessoas da nossa terra, competentes e comprometidas, com certeza o caminho será de glórias.
O primeiro semestre de 2026 vai ser primordial e um divisor de águas na história do Avaí, mas tudo isso se faz com responsabilidade e principalmente gestão, gestão compartilhada, com grupo gestor competente que possa dar caminhos e trilhos para o futuro do Avaí a longo prazo, para um clube que tenha sustentabilidade tanto na parte financeira quanto na parte administrativa.
O nosso foco principal é um comitê gestor dentro da presidência. Eu vou estar cercado de pessoas competentes cada um na sua realidade. Um grupo bem interessante e pessoas capacitadas. O próprio candidato à vice da nossa chapa, o Rudinei Raulino, está capacitado no processo de gestão. Foi financeiro do saudoso presidente Zunino, fora a experiência dele no Sebrae, no Senac, uma pessoa reta e muito correta.