Blumenau tem pouco mais de 40 quilômetros de rede de esgoto pronta, mas que nunca foi usada e permanece sem funcionar na prática. A revelação veio a partir do depoimento, na manhã desta segunda-feira (8), do gerente de esgoto sanitário do Samae, Humberto Brusadelli Pereira da Silva, à CPI que investiga o contrato de concessão do serviço.
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Essa estrutura foi construída com recursos de convênios da Funasa e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A maior parte disso, de acordo com as informações apuradas pela CPI nesta segunda, foi concluída antes mesmo da concessão do esgoto, em 2010 – portanto, prontas há 15 anos.
Bairros como Bom Retiro, Ribeirão Fresco, Garcia, Itoupavazinha e Velha estão entre os contemplados com quilômetros de tubulação que foram escavadas, mas seguem inoperantes. Há risco de que essas estruturas, por causa do tempo paradas, possam estar comprometidas – seria necessário contratar uma empresa para avaliar as condições.
Não se sabe ao certo o prejuízo que essa inoperância pode ter provocado, embora o presidente da CPI, Diego Nasato (Novo), tenha feito uma estimativa de que a conta chegaria a R$ 50 milhões. Paradas, as redes também não geraram receita para a concessionária de esgoto (hoje a BRK). O desequilíbrio financeiro do contrato tem sido apontado como motivos de constantes aditivos.
A pergunta que ficou no ar – e que ainda precisa ser respondida – é porque toda essa infraestrutura de redes não foi ativada. A CPI está se encaminhando para o fim, assim como o ano legislativo, e essa dúvida não deve ficar pendente até 2026.
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