Dois ambiciosos projetos para a construção de novas ferrovias em Santa Catarina devem ficar prontos no primeiro semestre de 2026. Os estudos para a implantação do Corredor Ferroviário, com 319 quilômetros de extensão entre Correia Pinto e Chapecó, têm previsão para serem concluídos em março do ano que vem.
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Já o projeto da Ferrovia dos Portos, com 62 quilômetros de extensão entre Navegantes e Araquari, deve estar finalizado em abril. Os prazos foram repassados por Ivan Amaral, secretário adjunto de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, em reunião nesta semana na sede da Federação das Indústrias (Fiesc).
Juntos, os dois projetos custaram R$ 32,4 milhões ao governo do Estado. Ambos os contratos, que no momento estão em torno de 75% concluídos, foram assinados em outubro de 2022. Tudo deveria ter ficado pronto em dois anos, mas houve aditivos e prorrogações de prazos.
A previsão é que essas duas obras de ampliação da malha ferroviária consumam, somadas, R$ 11,6 bilhões em investimentos.
— Ferrovia não é barata. É um investimento caro. Mas ela se paga com o passar do tempo — disse Amaral.
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Discutidas desde sempre, a construção de novas ferrovias é vista como solução para acelerar o escoamento da produção industrial e do agro rumo aos portos catarinenses, reduzindo, por consequência, a pressão sobre a malha rodoviária. Apesar de os projetos estarem em reta final de elaboração, não há prazo para o início das obras.
Viagem mais longa
A atual condição das estradas catarinenses faz com que a probabilidade de o usuário atrasar uma viagem varie entre 50% e 80%. Isso já tem feito algumas transportadoras cobrarem os fretes por tempo em vez de quilômetro rodado. As informações foram destacadas durante o lançamento da Agenda para a Infraestrutura de Transporte e a Logística Catarinense 2026 nesta semana, na Fiesc.
Orçamento minguado
As obras de duplicação da BR-470 vão demandar pelo menos R$ 200 milhões em 2026, mas até agora o valor previsto pelo orçamento da União é de somente R$ 50 milhões – um quarto do necessário.
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