A Cristal Blumenau tentará uma última cartada para não deixar de existir. A direção da empresa protocolou, junto à Justiça, pedido de recuperação judicial. O processo tramita na 5ª Vara Cível. Trata-se de uma alternativa prevista em lei que tenta impedir a falência dos negócios.
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Em resumo, se aprovada em juízo, a medida permitirá que a companhia tente se reestruturar financeiramente em condições mais favoráveis, mediante o cumprimento de um plano pré-estabelecido e supervisionado por um administrador judicial.
A assessoria jurídica da empresa no processo está a cargo do advogado Marco Afonso de Lima. De acordo com ele, as dívidas hoje estão próximas de R$ 20 milhões. Lima também avista a possibilidade de reaver um crédito tributário que poderia representar nova injeção de recursos para a operação.
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A Cristal Blumenau havia anunciado o encerramento das atividades em janeiro. Novos administradores, no entanto, assumiram o comando da empresa um mês depois prometendo reativá-la.
A atual gestão chegou a acionar fornos e contratar mais de 100 pessoas. Mas sofreu com divergências internas e equipamentos quebrados. As dificuldades financeiras permaneceram e a produção foi interrompida em junho.
O presidente da Cristal Blumenau, Tercílio César Longo, admite que o processo de reestruturação começou de forma equivocada, o que segundo ele teria prejudicado o andamento da estratégia de negócio.
O plano agora é reativar, se tudo der certo já em novembro, uma operação mais enxuta, com apenas um forno e número reduzido de funcionários. O executivo avalia que a empresa ainda é viável e fala da importância em manter um patrimônio da cidade.
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