Engana-se quem desconfia que o projeto para recuperar o antigo Grande Hotel de Blumenau foi parar em uma gaveta. Embora não haja sinal aparente de obras, a ideia de reformar a estrutura e transformá-la em um novo empreendimento hoteleiro segue de pé, garante à coluna Lindomar Vasconcelos, que arrematou o imóvel em leilão em 2019.
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Para elaborar a nova proposta arquitetônica do icônico prédio, o empresário contratou há cerca de um ano a Indi Arquitetura, o mesmo escritório responsável pela repaginação do antigo Viena Park Hotel, que hoje opera sob a bandeira Quality. A missão está a cargo do arquiteto Bruno Barbieri, que se debruça sobre plantas originais e estuda novas alternativas para o imóvel.
Uma coisa está definida: características originais da edificação serão mantidas. Ainda em 2019, pouco tempo depois do leilão, a prefeitura fez um apelo ao novo proprietário para que as futuras intervenções valorizassem a arquitetura, a história e autenticidade do imóvel projetado pelo arquiteto alemão Hans Broos e construído em 1962. Vasconcelos não ofereceu resistência ao pedido e se mostrou disposto a preservar os traços no que for possível.
À coluna, Barbieri disse que trabalha para que os projetos fiquem prontos ainda neste ano. A nova operação terá um número maior de apartamentos do que o inicialmente idealizado para o Grande Hotel. O empreendimento original tinha 88 e o novo terá mais de 100 quartos, além de salas de reuniões. Uma das suítes deve replicar a decoração instalada na década de 1960. Outra ideia, acrescenta o arquiteto, é explorar melhor a área de terraço, tudo com “muito respeito” à história do hotel.
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Internamente, muita coisa já foi feita, principalmente relacionada à limpeza. Por ora, no entanto, ninguém se arrisca a dar prazos para que o histórico imóvel seja devolvido à cidade com nova roupagem. Vasconcelos, como tem falado desde o início, diz que não há necessidade de pressa:
— Estou aguardando somente as entregas dos projetos para poder fazer uma coisa mais com os pés no chão.
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