Da esquerda para a direita: Robson Oliveira, COO Lincros; André Britto, CFO Sankhya; Gualtiero Schlichting, conselheiro da Lincros; Ricardo Heidorn, CRO Lincros; Jean Pereira, CTO Lincros; André Jacinto, CEO Lincros; e Felipe Calixto, CEO Sankhya (Foto: Divulgação)
A Sankhya, uma das maiores empresas de tecnologia e desenvolvimento de softwares do Brasil, acertou a compra de uma fatia majoritária da blumenauense Lincros, especializada em soluções de gestão logística com inteligência artificial.
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O valor do negócio não foi revelado, mas a aquisição faz parte de um movimento agressivo de expansão da Sankhya, que planeja aportar outros R$ 200 milhões em aquisições até 2026, segundo informações divulgadas pela revista Exame.
A Lincros, que nasceu inicialmente com o nome de TranspoBrasil, desenvolveu uma plataforma de gestão de operações logísticas com foco em transportadoras, indústrias e distribuidores. A solução prevê atrasos, valida fretes e gera maior eficiência. Em 2021, a empresa chegou a ter uma fatia do negócio vendida para a Sequoia, que foi recomprada mais tarde.
“Desde 2013, a Lincros vem transformando a logística no Brasil com sua plataforma TMS, apoiando transportadoras, indústrias e grandes distribuidores na contratação de fretes, no monitoramento em tempo real e na análise das operações. A partir de agora, essa expertise se integra ao EIP Sankhya, a evolução do ERP, trazendo ainda mais robustez, eficiência e sinergias dentro do ecossistema Sankhya”, escreveu a Sankhya em uma publicação no LinkedIn.
O CEO da Lincros, André Jacinto, diz que a operação permite que a empresa pegue carona na estrutura de canais e distribuição da Sankhya no Brasil, abrindo caminho para o crescimento das vendas. A companhia tem 105 funcionários, atende cerca de 230 clientes e projeta faturamento de R$ 35 milhões em 2025.
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— A gente, entrando nesse grupo, encurta caminhos — conta
Assim como outras empresas compradas pela Sankhya, a Lyncros vai continuar operando com marca própria e estrutura independente, mas com integração de dados e canais de venda, informou a reportagem da Exame. A compradora estima encerrar 2025 com faturamento de R$ 700 milhões. A meta é chegar a R$ 1 bilhão em 2026.
Relembre grandes empresas de Blumenau que foram vendidas
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A Artex foi incorporada nos anos 2000 pela Coteminas (Foto: Reprodução)
A Mega Transformadores foi comprada em 2000 pela multinacional sueco-suíça ABB (Foto: Reprodução)
A Eisenbahn foi comprada em 2008 pelo Grupo Schincariol. Depois, foi negociada com a japonesa Kirin até ser adquirida pela Heineken (Foto: Divulgação)
Em 2008 a francesa Areva, fornecedora de equipamentos de energia, comprou a Waltec, que mais tarde passaria a integrar a Schneider Electric (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Em 2010 a Wheb Sistemas, fabricante de softwares de gestão de saúde, foi comprada pela multinacional Philips (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
A Dudalina foi vendida em 2013 para fundos americanos e um ano depois acabou comprada pela Restoque, hoje Veste S.A (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Desde setembro de 2016 a Bermo, fabricante de válvulas e equipamentos industriais, faz parte do Grupo ARI Armaturen, da Alemanha (Foto: Divulgação)
A Baumgarten não foi vendida, mas em 2016 anunciou uma fusão com duas empresas alemãs que deu origem à All4Labels (Foto: Divulgação)
Em 2017, a CM Hospitalar, dona do Grupo Mafra (atual Viveo), anunciou a compra da Cremer (Foto: Luís Carlos Kriewall Filho, Especial, BD)
Desenvolvedora de softwares de gestão logística, a HBSIS foi comprada em 2019 pela cervejaria Ambev (Foto: Divulgação)
Em março de 2021, a Viveo comprou o Grupo FW, fabricante de lenços umedecidos e dona da marca Feel Clean (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Cia. Hering aceitou uma proposta de compra do Grupo Soma (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Hemmer foi comprada pela multinacional Kraft Heinz (Foto: Artur Moser, NSC Total, BD)
A Unimestre, que desenvolvia sistemas de gestão educacional, foi comprada em outubro de 2021 pela Plataforma A+ (Foto: Divulgação)
Em 2021 a fintech PagueVeloz aceitou uma proposta de compra feita pela Serasa (Foto: Pedro Machado, NSC Total, BD)
A agência de marketing digital A7B foi comprada em 2021 pela Adtail, empresa gaúcha do mesmo ramo (Foto: Divulgação)
Em 2021, o Laboratório Hemos foi comprado pelo Grupo Sabin, uma das principais empresas de medicina diagnóstica do Brasil (Foto: Divulgação)
Em 2021, a startup Velo foi comprada pela QuintoAndar, plataforma de moradia (Foto: Reprodução)
Em dezembro de 2021, a marca Sulfabril foi arrematada em leilão pela companhia têxtil catarinense Lunelli (Foto: Lucas Amorelli, BD)
A Movidesk, que oferece soluções tecnológicas de atendimento e suporte a clientes, foi comprada em dezembro de 2021 pela companhia gaúcha Zenvia (Foto: Divulgação)
Em 2021, a fabricante de etiquetas, tags e acessórios de moda Tecnoblu foi comprada pela canadense CCL Industries (Foto: Divulgação)