Imóveis que pertencem à Rauen Industrial Madeireira, que por muitos anos foi referência no setor madeireiro de Santa Catarina, vai a leilão a partir do próximo dia 8 de agosto. Os bens, somados, estão avaliados em R$ 20,2 milhões. Os valores arrecadados serão usados para pagar dívidas de mais de R$ 37 milhões da empresa, que teve a falência decretada em 2005. O passivo trabalhista terá prioridade na distribuição.

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O leilão reúne quatro lotes, divididos entre dois imóveis urbanos e dois rurais localizados em Mafra. Entre eles, estão uma ampla área de mais de 207 mil metros quadrados, com lance inicial de R$ 15,6 milhões, e um terreno urbano de 10 mil metros quadrados, avaliado em R$ 1,5 milhão. Ambos estão localizados no bairro Jardim América, próximo à Rodovia Régis Bittencourt,

As outras duas áreas incluem uma propriedade de quase 25 hectares voltada à produção agrícola, próxima ao km 153 da Rodovia Governador Luiz Henrique da Silveira, região com forte presença agroindustrial. O lance inicial desse imóvel é de R$ 2 milhões. Completa o conjunto uma área de mais de 31 hectares destinada à preservação ambiental, avaliada em R$ 972 mil.

Veja imagens dos imóveis que vão a leilão

Segundo o leiloeiro Erick Soares Teles, pelo menos 21 interessados já se habilitaram na plataforma da Positivo Leilões, onde os lances poderão ser dados.

Fundada por José Alfredo Rauen, a Rauen Industrial Madeireira foi referência no setor madeireiro do Norte catarinense durante as décadas de 1970 e 1980, atuando nos segmentos de serraria, laminados, compensados, beneficiamento de madeiras, fábrica de móveis, comércio de compra e venda de madeira e produção de bobinas para condutores elétricos e cabos telefônicos.

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A empresa ajudou a impulsionar a urbanização do entorno de Mafra e chegou a empregar cerca de 600 pessoas, sendo uma das maiores do município na época. Porém, dificuldades financeiras e disputas judiciais iniciadas em 1995 resultaram primeiro em um pedido de concordata preventiva (hoje chamada recuperação judicial), e mais tarde na decretação da falência em 2005.

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