A venda em leilão da marca Sulfabril no apagar das luzes de 2021 alimentou expectativas de que um ícone da moda catarinense e brasileira voltaria ao mercado. Passados quatro anos, isso ainda não aconteceu, mas o retorno não está descartado. A Lunelli, gigante têxtil que arrematou um pacote de grifes da antiga empresa de Blumenau, que foi a falência, mantém o plano no radar.

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— A Sulfabril está guardada com muito respeito porque nós entendemos a importância que essa marca tem na história da indústria brasileira, e principalmente do Sul do Brasil — disse Viviane Lunelli, presidente da Lunelli, em conversa com a coluna.

Viviane assumiu o comando da Lunelli em 2023, substituindo o irmão Dênis – que chegou a projetar o retorno da marca Sulfabril um ano depois da compra em leilão, em 2022. A executiva reitera o desejo de “voltar com ela”, mas pondera, alegando que isso agora não está nos planos de curto prazo da companhia.

Hoje a Lunelli já opera um conjunto de marcas que abarca os públicos infantil, masculino e feminino. Um dos desafios analisados é como encaixar a Sulfabril, que embora esteja fora do mercado há um bom tempo ainda tem recall, neste portfólio sem “canibalizar” as demais.

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Fonte: Anuário Valor 1000. Crédito das imagens: Divulgação e Arquivo NSC Total

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R$ 100 milhões no parque fabril

Enquanto decide o que fazer com a Sulfabril, a Lunelli segue avançando com as grifes que já detém. A empresa fatura R$ 1,6 bilhão e emprega quase 5 mil pessoas em fábricas espalhadas por Santa Catarina, São Paulo, Ceará e Paraguai. Só em 2025, revela Viviane, está investindo R$ 100 milhões em tecnologias e renovação do parque fabril.

No Estado, a companhia mantém uma de suas unidades em Corupá (foto abaixo). A planta representa o “coração” da indústria têxtil, concentrando as áreas de produção de malhas, beneficiamento, estamparia e tinturaria.

Empresa mantém 14 fábricas em Santa Catarina, São Paulo, Ceará e Paraguai (Foto: Pedro Machado, NSC Total)


Aliás

No varejo, a Lunelli tem 46 lojas, entre próprias e franquias, a maior parte delas da marca Lez a Lez, de moda feminina. Em Jaraguá do Sul, a empresa mantém também uma operação conceito da grife Hangar 33, de moda masculina. Para esta, há no radar planos para a abertura de uma unidade em Blumenau junto ao Aeroporto Quero-Quero.

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