A crise econômica provocada pelo coronavírus tirou o emprego de quase 100 mil catarinenses. Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, mostram que, em dois meses, o Estado perdeu 98.149 postos de trabalho formais, aqueles com carteira assinada. Após revisão do saldo, a conta de abril, inicialmente em 73.111 vagas fechadas, subiu para 75.444. Em maio, foram mais 22.705. Os dados de junho ainda não foram divulgados.

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Nenhum segmento da economia saiu ileso das consequências, mas para alguns deles o impacto foi maior. A coluna esmiuçou os dados do Caged e identificou quais foram as profissões que mais sentiram a pancada dada pela pandemia no setor produtivo.

No topo da tabela está uma das ocupações mais básicas na indústria, setor que entre abril e maio perdeu 41.082 vagas no Estado: alimentador de linha de produção, profissional responsável por separar materiais e abastecer máquinas. Em dois meses, 8.150 vagas dessas foram extintas — número que corresponde à diferença entre contratações e demissões.

Em segundo lugar aparece vendedor de comércio varejista, outra função bastante comum, que também costuma ser o primeiro emprego de muita gente. Foram 6.550 vendedores desligados, o que reflete o desaquecimento provocado pela quarentena no comércio, que viu 20.024 vagas de trabalho evaporarem nesse período.

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Fecha este triste pódio um legítimo representante do setor de serviços, que registrou perda de 31.009 postos de trabalho na pandemia até agora. Somando abril e maio, 3.402 auxiliares de escritório ganharam a conta em todo o Estado.

Veja a lista completa e consulte o desempenho por profissão (algumas estão sem “ç” e acentuação)

Diversificada

A lista das profissões mais afetadas pela pandemia em Santa Catarina é bastante variada e atinge todos os setores. Além das três primeiras, destaque para as duas categorias ligadas a costureiros. A indústria têxtil foi uma das mais impactadas pelo fechamento do comércio, e mesmo que as lojas tenham reaberto as portas no Estado já em abril, outros mercados importantes para fabricantes de vestuário e confecção, como São Paulo, ficaram fechados por bem mais tempo.

Lado oposto

Nem todas as ocupações tiveram perdas. Na ponta oposta, a função de magarefe, profissional que abate e desossa animais, foi a que mais empregou entre abril e maio. Somando os dois meses, foram 1.320 novas vagas de trabalho abertas.

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