Centro de tecnologia da Philips em Blumenau, onde nasceu o software Tasy (Foto: Divulgação)
A Philips está tentando se desfazer da subsidiária de software de gestão hospitalar Tasy, e já contratou o Citi para assessorar a venda, informa nesta terça-feira (2) o Pipeline, site de negócios do Valor Econômico. A companhia incorporou o Tasy em 2010 ao comprar a Wheb Sistemas, empresa de Blumenau responsável pelo desenvolvimento do produto. É na cidade catarinense que a multinacional holandesa mantém um dos seus centros de tecnologia, que tem como um dos focos justamente soluções para a área médica.
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De acordo com o Pipeline, a Philips pretende vender 100% do ativo, que ela avaliou inicialmente em cerca de R$ 1 bilhão. Gestoras de fundos e investidores estratégicos já olharam a oportunidade. A aposta do mercado, complementa a reportagem, é que a empresa fique nas mãos de um investidor que consiga extrair mais sinergia e promover um “turnaround” do negócio, hoje considerado não muito rentável.
O Tasy é um prontuário médico eletrônico já usado em 1,4 mil hospitais da América Latina, mas o setor de saúde digital representa uma fatia pequena dentro da estratégia global da Philips, que por isso estaria disposta a vender o negócio, acrescenta o Pipeline.
Em julho, a coluna Broadcast, do Estadão, já havia antecipado que a companhia deveria colocar à venda 100% do Tasy. A coluna tentou, mas não conseguiu contato com a Philips para comentar o assunto até a publicação. O espaço segue aberto.
Relembre grandes empresas de Blumenau que foram vendidas
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A Artex foi incorporada nos anos 2000 pela Coteminas (Foto: Reprodução)
A Mega Transformadores foi comprada em 2000 pela multinacional sueco-suíça ABB (Foto: Reprodução)
A Eisenbahn foi comprada em 2008 pelo Grupo Schincariol. Depois, foi negociada com a japonesa Kirin até ser adquirida pela Heineken (Foto: Divulgação)
Em 2008 a francesa Areva, fornecedora de equipamentos de energia, comprou a Waltec, que mais tarde passaria a integrar a Schneider Electric (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Em 2010 a Wheb Sistemas, fabricante de softwares de gestão de saúde, foi comprada pela multinacional Philips (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
A Dudalina foi vendida em 2013 para fundos americanos e um ano depois acabou comprada pela Restoque, hoje Veste S.A (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Desde setembro de 2016 a Bermo, fabricante de válvulas e equipamentos industriais, faz parte do Grupo ARI Armaturen, da Alemanha (Foto: Divulgação)
A Baumgarten não foi vendida, mas em 2016 anunciou uma fusão com duas empresas alemãs que deu origem à All4Labels (Foto: Divulgação)
Em 2017, a CM Hospitalar, dona do Grupo Mafra (atual Viveo), anunciou a compra da Cremer (Foto: Luís Carlos Kriewall Filho, Especial, BD)
Desenvolvedora de softwares de gestão logística, a HBSIS foi comprada em 2019 pela cervejaria Ambev (Foto: Divulgação)
Em março de 2021, a Viveo comprou o Grupo FW, fabricante de lenços umedecidos e dona da marca Feel Clean (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Cia. Hering aceitou uma proposta de compra do Grupo Soma (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Hemmer foi comprada pela multinacional Kraft Heinz (Foto: Artur Moser, NSC Total, BD)
A Unimestre, que desenvolvia sistemas de gestão educacional, foi comprada em outubro de 2021 pela Plataforma A+ (Foto: Divulgação)
Em 2021 a fintech PagueVeloz aceitou uma proposta de compra feita pela Serasa (Foto: Pedro Machado, NSC Total, BD)
A agência de marketing digital A7B foi comprada em 2021 pela Adtail, empresa gaúcha do mesmo ramo (Foto: Divulgação)
Em 2021, o Laboratório Hemos foi comprado pelo Grupo Sabin, uma das principais empresas de medicina diagnóstica do Brasil (Foto: Divulgação)
Em 2021, a startup Velo foi comprada pela QuintoAndar, plataforma de moradia (Foto: Reprodução)
Em dezembro de 2021, a marca Sulfabril foi arrematada em leilão pela companhia têxtil catarinense Lunelli (Foto: Lucas Amorelli, BD)
A Movidesk, que oferece soluções tecnológicas de atendimento e suporte a clientes, foi comprada em dezembro de 2021 pela companhia gaúcha Zenvia (Foto: Divulgação)
Em 2021, a fabricante de etiquetas, tags e acessórios de moda Tecnoblu foi comprada pela canadense CCL Industries (Foto: Divulgação)