Anunciada com pompa em abril de 2023, a parceria entre Shein e Coteminas, que mantém uma de suas fábricas em Blumenau, está em “stand by”, indicou o líder da operação brasileira da varejista asiática, Felipe Feistler, em apresentação a jornalistas nesta semana em São Paulo. A Shein aguarda os desdobramentos do processo de recuperação judicial da companhia têxtil para retomar as conversas.

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Há quase dois anos, as duas empresas assinaram um memorando de entendimentos que previa um “esforço conjunto” para que 2 mil clientes de confecção da Coteminas se tornassem fornecedores da Shein – que estava de olho no potencial do mercado brasileiro.

Na época, o acordo também incluía um contrato para exportação de produtos voltados ao lar e financiamento para capital de trabalho. Não houve muitos detalhes sobre como isso funcionaria, mas em outubro de 2023 as demonstrações financeiras de 2022 da Coteminas revelaram um empréstimo de cerca de R$ 100 milhões obtidos junto à gigante asiática.

Desde então, pouca coisa avançou. As duas empresas chegaram a iniciar um plano de produção no Rio Grande do Norte, com parcerias com fornecedores locais, mas as conversas esfriaram.

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Feistler foi questionado sobre o assunto e disse que a Shein “está esperando” o desenrolar da recuperação judicial da Coteminas, que pediu proteção contra credores em maio de 2024 para renegociar dívidas que somam R$ 2 bilhões. O executivo despistou, dizendo que a companhia têxtil é somente uma das 2 mil fábricas parceiras mapeadas pela operação brasileira da Shein até 2026.

Enquanto o modelo de produção não avança no ritmo esperado, a Shein vem colocando o pé no acelerador do marketplace, que já soma 30 mil vendedores e representa 60% da receita no Brasil. Feistler anunciou que um dos focos de expansão da plataforma para 2025 será Santa Catarina, onde mil novos lojistas devem ser integrados até o fim de março.